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NOTÍCIAS | | | 01-04-2003
| As nossas casas com radioactividade e radão
| Curia |
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As nossas casas com radioactividade e radão
O Departamento de Protecção Radiológica e Segurança Nuclear, do Instituto Tecnológico e Nuclear vai realizar, nos próximos dias 23 e 24, no Grande Hotel da Curia/Hotel das Termas da Curia, as Segundas Jornadas Nacionais sobre Radão e Radioactividade Natural, integradas nas 10ª.s Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental.
Estas Jornadas tem como grande objectivo divulgar os conhecimentos acxtuais sobre um radão no interior das habitações, os seus efeitos e formas de reduzir as concentrações deste gás radioactivo, bem como, divulgar as recomendações da União Europeia neste domínio.
A radioactividade é emissão de aradações ionizantes por átomos instáveis. Muitos desses átomos, como por exemplo, os de uránio do rádio, do carbono-14 e do radão existem na natureza desde a formação do planeta. Outros estão hoje presentes no ambiente devido a actividade antropogénicas, das quais resultam radionuclidos, como o Césio-137, o Cobalto-60 e Estrôncio-90.
Mas, afinal, o que é a radioactividade e o radão?
A radioactividade detecta-se através das radiações ionizantes usando detectores de vários tipos, sensíveis às radiações alfa, beta ou gama. Pode-se, assim, identificar e quantificar cada um dos elementos radioactivos, ou radioisótopos, presentes no ambiente.
A exposição dos tecidos biológicos às radiações ionizantes pode acarretar lesões celulares. Os efeitos biológicos são tanto maiores quanto maior for a dose (ou exposição) às radiações ionizantes.
Todos recebemos uma pequena dose de radiações ionizantes devido à radioactividade ambiente (fundo radiológico natural). Esta dose poderá, no entanto, ser muito aumentada em consequência directa das actividades antropogénicas (por exemplo actividades mineiras, industriais, produção de energia), ou no ambiente construído. É o caso da exposição ao Radão no interior dos edifícios.
O QUE É O RADÃO ?
O radão é um gás radioactivo de origem natural, que se liberta da crusta terrestre.
O radão provém da desintegração do urânio e rádio, presentes em proporções variáveis na maior parte das rochas e solos.
No ar exterior as concentrações são, de um modo geral, baixas. O mesmo não acontece em espaços fechados (caves e edifícios) onde a acumulação do radão pode atingir concentrações elevadas.
PORQUE SE MEDE ?
O radão desintegra-se originando outros elementos, também radioactivos, que podem ser inalados e fixar-se nos brônquios, aumentando assim a probabilidade (risco) de lesões cancerígenas nas vias respiratórias. Quanto mais elevada for a exposição ao radão maior é o risco para a saúde. É, pois, de toda a conveniência conhecer as concentrações do radão no ar que respiramos e, quando necessário, devem ser tomadas medidas para as reduzir no interior dos edifícios.
COMO SE MEDE?
Colocando um detector passivo (uma película) durante dois a três meses numa das divisões da casa onde seja maior o tempo de permanência (quarto ou sala).
As concentrações são expressas em Bq/m3.
1 Bq (Becquerel) corresponde a uma desintegração nuclear por segundo.
A QUALIDADE DO AR INTERIOR
A qualidade do ar no interior dos edifícios é hoje um problema de primeiro plano. Estudos realizados em vários Países concluíram que o ar interior é, frequentemente, mais carregado de poluentes e substâncias tóxicas que a atmosfera exterior. Muitos poluentes presentes no ar interior são hoje vistos como uma séria ameaça para a saúde pública. Entre eles contam-se as partículas do fumo, amianto, vapores de solventes usados em colas e tintas, bactérias e fungos, gases tóxicos e o Radão.
O Radão é considerado hoje pela Organização Mundial de Saúde como um agente cancerígeno e talvez uma das maiores ameaças à saúde pública veiculadas pelo ar no interior dos edifícios. Uma Directiva da União Europeia recomendou já aos Estados Membros a adopção de concentrações máximas admissíveis de Radão no ar interior. Os materiais de construção podem influir muito nas concentrações de Radão no ar, bem como o projecto de construção dos edifícios.
Temos pois que começar por nos informar sobre o problema e procurar soluções para ele.
O RADÃO PODE REPRESENTAR UM RISCO RADIOLÓGICO SIGNIFICATIVO. COMO REDUZI-LO ?
(24 Jan / 12:13) |
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