O João Claro está a comemorar 25 anos de carreira. O que andou a fazer durante este tempo?
Sim, completei 25 anos de carreira no dia 19 do passado mês Maio. Durante este tempo cantei por todo o Portugal e comunidades portuguesas no estrangeiro, concretamente três vezes em Toulouse, França, em Benidorm, Espanha, em Andorra e, recentemente, em Lausanne e Zurique, na Suíça. Mas só ultimamente é que tenho actuado no estrangeiro, graças ao meu sucesso com o disco “Bate Bate Coração”. Mas não foi fácil chegar até aqui. Foi preciso lutar, sofrer e ter alguma qualidade para que hoje esteja a viver um dos momentos mais felizes na minha carreira de cantor. Não é fácil conciliar as cantigas com o de funcionário na empresa Águas da Região de Aveiro e, como cada vez são mais as solicitações, tenho que me organizar para o conseguir.
Quais as melhores memórias que recorda dos espectáculos e do convívio no mundo do espectáculo?
São várias as melhores memórias, mas recordo algumas. Quando me convidaram em 1987 para actuar pela primeira vez na Feira de Março, muitos amigos diziam-me que não ia conseguir ter sucesso, mas foi espectacular. O recinto estava cheio e no fim pediram-me para cantar mais uma. Outro momento que recordo muito foi há quatro anos, quando fui convidado para cantar no S. Paio da Torreira. A praça estava superlotada, num dia com um grande grupo de Vila Real. Quando subi ao palco, as pessoas gritaram por mim e os jovens apoiaram-me com cartazes. Aliás, há vídeos desses momentos no Youtube. Foi muito, mas muito espectacular. A terceira grande recordação foi no ano passado, no Carnaval de Estarreja, onde não esperava ser tão acarinhado, com tantos jovens a gritar o meu nome e também num sítio superlotado. Aliás, isso valeu-me voltar a Estarreja, às festas da cidade, no passado dia 9. E foi de tal ordem formidável que, se Deus quiser, no próximo ano lá estarei novamente. A experiência no estrangeiro que melhores recordações me traz é a deslocação a Toulouse, num pavilhão cheio de portugueses. O espectáculo deveria ser de uma hora e meia, mas acabou por durar quatro. Fiquei totalmente esgotado mas no final o meu cachet foi acrescido de mais 750 euros além do valor que estava ajustado, o que para mim foi uma grande surpresa. Não só pelo dinheiro mas também porque era um cantor pouco conhecido no estrangeiro e, por isso, agradeço ao meu amigo Luís e à sua esposa, a Rosa, do restaurante “Os Amigos de Toulouse” que me levaram até lá, e isso nunca mais vou esquecer. Outros dizem-me quem me levam e nunca o fazem, mas o Luís e a Rosa prometeram, durante um espectáculo na Aprocred, em Cacia, e assim o fizeram, em 2008.
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