CUSTO DA OBRA FOI INTEGRALMENTE SUPORTADO PELA COMUNIDADE LOCAL |
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Ambiente de festa em Ouca, onde foi inaugurado o novo Centro Comunitário, na presença do Bispo de Aveiro. As honras da casa foram feitas pelo padre António Correia Martins, director do Centro de Bem-Estar Social, que se referiu ao trabalho desenvolvido para concluir a obra, cujo custo, integralmente suportado pela comunidade local e emigrantes, ultrapassou os 2,4 milhões de euros. Apesar de ausente, por razões que não conseguimos apurar, a Câmara de Vagos seria evocada por D. António Francisco, que, na sua intervenção, considerou não ser fácil, hoje em dia, para o Estado e para as autarquias, dar "resposta a tudo". Principalmente, quando a Igreja tem "a ousadia e solicitude da caridade, de ver que o pão se multiplica e reparte", referiu. Para o Bispo de Aveiro, que destacou a coragem "empreendedora" do padre António Martins, ao lançar-se na "aventura" de um novo empreendimento, o director da IPSS de Ouca "podia humanamente tranquilizar-se, com o trabalho já feito e com os êxitos alcançados". Não foi, contudo, o que aconteceu. Porque, como assinalou D. António Francisco, um homem de Deus "nunca olha às obras realizadas, na plenitude do tempo que passou, mas sempre na exigência do tempo que há-de vir". "Estamos para servir sem medida, dados por inteiro sem calculismos nem medo", acrescentou. A Ministra "não sabe onde fica Ouca". Quanto ao novo Centro Comunitário, o prelado aveirense destacou a colaboração da Segurança Social, confirmando que nada se faz sem a convergência de todos. Segundo D. António Francisco, também em Ouca, se constrói o bem comum: no compromisso do padre, que envolveu e congregou à sua volta a população; na responsabilidade "assumida" da Igreja, que não enjeita a diligência da caridade; e também do Estado. Presente na cerimónia, o representante do Instituto de Segurança Social, Manuel Ruivo, disse que a Ministra que tutela o sector "não sabe onde fica Ouca". Como tal, tem de ser a comunidade local a associar-se, para "exigir aquilo a que temos direito". No caso da IPSS de Ouca, que está ao serviço das pessoas e das famílias, graças ao "trabalho e teimosia" do padre António Martins, a comparticipação estatal surge "por obrigação", depois de avaliado o trabalho meritório da população e das direcções daquela instituição. Inicialmente implantado em área de Reserva Agrícola e Ecológica, o novo Centro Comunitário arrancou em 1999, mas só agora foi legalizado. Encontra-se dimensionado para valências de Lar, Centro de Dia, Creche e complemento de apoio à família. Presta, ainda, serviços de fisioterapia a idosos e à comunidade em geral, e fornece refeições para crianças do 1º CEB e Jardim-de-Infância. Diário de Aveiro |
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