ESTEVE LIGADO A VÁRIOS CLUBES E MODALIDADES

Mais de uma centena de pessoas marcou presença no jantar de homenagem a Fernando Chessman, prestada pelo povo de Famalicão. Massagista de atletas de vários clubes desportivos da região, prestou também os seus serviços no seio da comunidade onde, para além de massagens, também deu muitas injecções.

O jantar, realizado no passado sábado (dia 14), no salão do Atlético Clube de Famalicão, foi uma forma de agradecimento pela disponibilidade sempre demonstrada.

Sete pessoas da terra decidiram juntar-se para homenagear Fernando Chessman. "Uma pessoa que dedicou parte da sua vida extra-laboral a tratar dos outros", afirmou Manuel Cardoso, membro da organização.

"Não tem preço" tudo o que fez. Disponível 24 horas por dia, foi sempre uma pessoa "muito dinâmica". Em muitas situações, "o material que utilizava era dele", lembrou. O percurso que iniciou ainda jovem foi reconhecido pelos famalicenses, pois "este tipo de homenagem acontece porque as pessoas merecem".

Começou a dar as primeiras massagens com apenas 13 anos. Dois anos mais tarde, iniciou-se a dar injecções. Fernando Chessman recordou com saudade os anos que dedicou a tratar as lesões dos outros.

Com a prática foi aprendendo a manusear as mãos para tratar o doente da melhor forma. Observando os seus "mestres", interiorizou os conhecimentos necessários, mas foi com a prática que desenvolveu e aperfeiçoou a sua técnica. O falecido Fernando Garrafão, o "Pilinhas" da Académica, e Manuel Marques do Sporting, transmitiram-lhe as bases para o seu trabalho. "Via como eles trabalhavam e com a prática fui aprendendo", contou.

Esteve ligado a vários clubes e modalidades. Basquete feminino e masculino do Anadia, a Volta a Portugal em ciclismo no Sangalhos, hóquei na Curia, voleibol em São Lourenço do Bairro, atletismo pelo Arcos e futebol em Famalicão, são apenas alguns exemplos.

Um AVC no ano de 2003, quando estava no campo de futebol da Mealhada, afastou-o das massagens e injecções. No entanto, "ainda tenho o bichinho no corpo", confessou. "Tenho pena de agora já não fazer nada".

Sensibilizado com o gesto dos famalicenses, afirmou estar "muito grato" pela homenagem. É um gesto que "conta muito para mim".

Rita de Freitas Gomes

ana.rita@jb.pt
Diário de Aveiro



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