a melhor desde a longínqua e mítica colheita de 1980. Quem o afirma é a própria Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) que, no terminus de mais uma campanha, faz um balanço extremamente positivo da vindima de 2009. De acordo com José Pedro Côrte-Real, secretário-geral da CVB, este terá sido ainda um ano com excepcionais características climatéricas, que conjugaram condições pouco frequentes de temperaturas atmosféricas e condições dos solos, que proporcionaram vinhos espumantes, rosados, brancos e tintos com um equilíbrio de maturação e acidez (frescura) verdadeiramente notáveis.
Admitindo que a quantidade das uvas tenha sido menor do que a média dos 350 mil hectolitros verificada nos últimos 10 anos, é contudo um pouco superior à do ano passado, designadamente no que se refere aos vinhos brancos, em cerca de 10%.
Por isso, este responsável não se coíbe de dizer que "provavelmente, esta colheita terá sido a melhor verificada na região depois de já longínqua e mítica colheita de 1980".
Fernando Castro, presidente da Confraria dos Enófilos da Bairrada e responsável da Aliança - Vinhos de Portugal também se mostra optimista. A JB admite que o ano foi muito bom, quer para os brancos, quer para os tintos. "Os brancos deixam-nos muito satisfeitos e temos grandes expectativas em relação aos tintos", admitiu, reconhecendo também que este será um excelente ano para fazer grandes vinhos Bairrada.
Também Tiago Machado, enólogo da Adega Cooperativa de Cantanhede, se mostra bastante confiante em relação à colheita deste ano, sublinhando que a grande diferença está nos vinhos tintos, em que as expectativas em relação à qualidade são muito elevadas. "Nos brancos há uma maior consistência e nos últimos três anos já foram muito bons".
O enólogo revela ainda que a Adega de Cantanhede teve, este ano, um aumento de produção (mais 7%) em relação a 2008, contrariando assim as quedas de produção registadas nos últimos quatro anos.