colocadas pelas entidades que tutelam a floresta, o empreendimento "Costa do Sal Golf Resort" entra agora numa nova fase. Depois de, em Abril de 2008 ter sido apresentado como projecto destinado a servir de "âncora para atrair novos investimentos turísticos para a região", os seus promotores, entre os quais se inclui a Câmara de Vagos, viram-se forçados a reduzir "quase para metade" o seu volume construtivo e respectiva área de intervenção, que passa de 400 para 290 hectares.
Segundo Rui Cruz, presidente da edilidade vaguense, as entidades que tutelam a floresta "não aceitam bem a exclusão da área nacional", tendo sido decidido avançar como projecto apenas na área florestal municipal. Um percalço alegadamente já esperado, que obrigou a "repensar" todo o projecto, cujo investimento apontava para os 220 milhões de euros. Acabou revisto, e deverá ascender apenas a 150 milhões, embora seja mantida a data de 2012 para a conclusão da primeira fase.
Dos dois campos de golfe previstos no projecto inicial apenas um irá manter-se. Terá 18 buracos. Também a marina e o porto de recreio artificial, a praia privativa, centro comercial e os equipamentos desportivos, sofrem "cortes".
O porto de recreio vai poder ancorar 200 embarcações, ao contrário das 500 previstas inicialmente. Mantém-se o hotel de 5 estrelas, mas também o número (500) de postos de trabalho pode vir a ser reduzido. De referir que dos 1.300 fogos contemplados no projecto, apenas metade deverão ser construídos. Quanto às moradias, o seu número passa de 460 para 300.
De momento, os promotores decidiram pedir a "suspensão" da candidatura na Comissão de Avaliação e Acompanhamento dos projectos PIN, que pode ser "relançada mais tarde".
O projecto é liderado pelo Grupo Martifer e resulta de uma parceria público-privada, celebrada pela «holding» Estia Development, e a Câmara de Vagos, que detém 49,9% do capital.