OUTRAS DEMOLISÕES ESTÃO AGENDADAS

O sub-secretário de Estado da Administração Interna, Fernando Rocha Andrade, esteve em Vagos em Julho de 2006. No périplo que fez pelo distrito, em visita aos postos territoriais da GNR, foi acompanhado, entre outros, pelo Director-Geral de Estudos e Planeamento de Instalações do MAI, Eduardo Feio, e segundo comandante da BT 5, coronel Manuel Paredes.

Aproveitando a bondade da proposta camarária, que previa a deslocalização do Posto da GNR para a Central de Camionagem, Rocha Andrade disse que a mesma era "muito interessante", e considerou tratar-se de uma situação "atípica" uma vez que a construção já existia e apenas teria de ser adaptada.

Anunciando que a construção do novo quartel seria inscrita em PIDDAC em 2007, com uma verba residual para o projecto, acrescentaria que o concurso seria lançado em 2008, e o quartel estaria pronto para inaugurar em 2009. Só promessa.

Três anos volvidos, nem os efectivos da GNR foram deslocalizados, nem a Central de Camionagem foi adaptada para aquele fim. Construído há mais de duas décadas, num dos últimos mandatos de Alda Vítor, o velho quartel, propriedade da autarquia, continua a manter as deficiências estruturais, nomeadamente a nível de saneamento. Que o tornam «praticamente inabitável», na época das chuvas.

O presidente da Câmara de Vagos, Rui Cruz, diz que está "farto de esperar". E já percebeu que, apesar de ser uma "solução definitiva para os próximos 50 anos", a proposta apresentada deixou de ter interesse para a Tutela, pelo que vai mandar demolir a Central de Camionagem.

A decisão surge na sequência do recente "acordo de resolução contratual", com o actual arrendatário do bar, que ali vem funcionando há vários anos. Para além das benfeitorias, avaliadas em 7.340 euros, a Câmara deliberou, por unanimidade, pagar, ainda, a verba respeitante à licitação pública (5.850 euros) do referido estabelecimento.

De referir que, segundo Rui Cruz, a Central de Camionagem foi construída na perspectiva de poder vir a funcionar em pleno, o que nunca aconteceu. "Nenhum dos anteriores executivos, nem este, conseguiu que os operadores ali ficassem sediados", confessou o edil vaguense, confirmando que aquela infra-estrutura foi construída "no sítio errado".

No futuro, a Câmara de Vagos pretende igualmente proceder à demolição dos dois imóveis afectos à GNR - o actual quartel, localizado na Praça da República, e o posto da Gafanha da Boa Hora, na estrada que liga a Vagueira à Costa Nova -, para poder dar cumprimento aos Planos de Pormenor da Vagueira e Bairro da Corredoura, entretanto aprovados em Conselho de Ministros.

Eduardo Jaques

Colaborador
Diário de Aveiro



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