MATÉRIA NÃO PODIA TER SIDO OBJECTO DE PRESSÕES

Fortes pressões políticas levaram a que a Oliveira do Bairro aderisse à empresa "Águas da Região de Aveiro". A denuncia foi feita por vários deputados, na penúltima quinta-feira, durante a Assembleia Municipal, após a não adesão - aprovada há três semanas - ter sido revogada e aprovada de seguida pela maioria (13 a favor, 11 contra e uma abstenção) dos deputados presentes.

Óscar Santos, do PS, sublinhou que a matéria é tão importante que não podia ter sido objecto de pressões políticas. "O que me repugna são as pressões que foram feitas aos elementos da Assembleia Municipal, de um lado e do outro."

Miguel Vieira, do CDS/PP, também se referiu "ao corrupio de pressões de um lado e de outro. Pensava que era capaz de decidir tudo pela minha própria cabeça, mas tive sérias dificuldades em estar aqui".

Armando Humberto, do PS, também denunciou as pressões vividas, na última semana, confessando que "nestes últimos dias se introduziram elementos na vida política concelhia, numa forma e numa escala, que eu confesso nunca ter presenciado". "À mulher de César, não basta ser séria, é necessário parecê-lo também. E em democracia, como em muitas outras coisas na vida, os fins não justificam todos os meios. E neste caso particular, não se tem olhado a meios para se atingir um dado fim".

Victor Oliveira (CDS/PP) criticou a velocidade com que a Assembleia foi marcada, explicando que "qualquer decisão exige reflexão tempo e ponderação. Nos tempos de hoje cabe a cada um de nós aproveitar as oportunidade em fazer uma reflexão séria a profunda".

Mário João Oliveira ignorou as pressões dos deputados, sublinhando que "mantém tudo aquilo que tinha dito na última Assembleia Municipal", nomeadamente um conjunto de benefícios para o concelho".

Recordou a questão da actualização das tarifas, que são sofrem aumentos desde 2006, assim como garantiu os postos de trabalho de todos os funcionários da secção de águas e saneamento.
Diário de Aveiro



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