de Anadia encontra-se em condições muito deficientes. É esta a conclusão a que chega o deputado anadiense na Assembleia da República, José Manuel Ribeiro, após uma visita ao local. A situação é tão grave que exigiu, na última semana, esclarecimentos ao ministro da Administração Interna, sobre o estado do imóvel e as condições em que os militares trabalham. "Problemas ao nível da rede eléctrica e de canalização, infiltração e humidades e tectos falsos a ameaçar ruína", são alguns dos identificados pelo deputado.
O edifício onde está instalada a GNR foi inaugurado em 1970, originalmente como prisão, e mais tarde adaptado a posto da GNR. De lá para cá, os gastos em manutenção têm sido mínimos e a situação tem vindo a agravar-se, com o peso dos anos. O alojamento dos militares é "surreal", admite José Manuel Ribeiro, confirmando que as antigas celas deram lugar a quartos para os militares, muito embora a Inspecção Geral da Administração Interna impeça a sua utilização para prender criminosos, "por falta de condições".
Cada cela serve de quarto a quatro militares, avança, denunciando ainda que a cozinha e zona de lazer são "terceiro-mundistas" e que nem o arquivo se salva. Este funciona no sótão e para aceder ao mesmo só através de um buraco no tecto, sendo necessário colocar uma escada móvel. Por isso, conclui que a mera realização de obras já não solucionará os problemas existentes, pelo que só novas instalações de raiz solucionam o problema.
Por isso, questiona o ministro Rui Pereira sobre a situação da GNR de Anadia, pretendendo saber como é que o Governo vai solucionar o problema, se através de obras profundas no imóvel ou através da construção de novas instalações, assim como quando pensa o Governo iniciar as obras, caso opte por um novo edifício.