CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA DE FUTSAL E DINAMIZAÇÃO DO CORETO

Pugnar pela melhoria das condições de vida das gentes do lugar e unir a população cultural e desportivamente são os grandes objectivos do recém criado Centro Cultural e Desportivo do Paraimo.

Liderada por Eduardo Costa, esta nova colectividade tem bem definida a sua área de trabalho. "Tudo fazer para unir a população que ficou dividida, primeiro pelas obras da REFER, com o encerramento da passagem de nível e depois pela construção da variante à EN 235", diz Eduardo Costa, adiantando também que em tempo de crise e dificuldades acrescidas, "a população tem de se unir e lutar por melhores condições de vida".

Para a sua formação e legalização, o Centro Cultural e Desportivo do Paraimo contou com o apoio da Junta de Freguesia, que "apadrinhou" o seu "nascimento" e tem ajudado a nova associação a dar os seus primeiros passos. Até porque, legalmente constituído, o Centro Cultural terá mais facilidades em se candidatar a apoios financeiros e subsídios, por forma a levar a cabo o seu ambicioso plano de actividades.

Para já, é certo que vão, na área desportiva, criar uma equipa de futebol de salão, estando ainda em estudo a actividade a desenvolver na área cultural e recreativa.

Contudo, parece ser também certo existirem intenções de levar a cabo beneficiações várias no adro da Capela de S.Francisco de Assis (padroeiro do lugar) e concluir a construção do próprio coreto, onde existe um bar e sanitários (sede provisória da colectividade).

"Queremos dinamizar a área envolvente, tornando o espaço mais atractivo e digno", revela Eduardo Costa.

O plano de actividades integra ainda, a 4 de Julho, uma sardinhada, no Largo da Estação do Paraimo e mais tarde, em Agosto, um cicloturismo para angariação de fundos.

Povoação sacrificada. Sérgio Aidos, autarca da freguesia de Sangalhos, reconhece que compete também à Junta apoiar e patrocinar o desenvolvimento associativo da freguesia, reconhecendo que, ao longo dos últimos anos, a povoação do Paraimo tem sido demasiado sacrificada pelo desenvolvimento e progresso, perdendo a população qualidade de vida.

Sérgio Aidos não esquece que, para este lugar, existiram tentativas para a instalação de uma central de incineração e foi construída uma Sub-Estação Eléctrica que, até hoje, não trouxe qualquer mais valia ao lugar.

Por isso, está empenhado em "ajudar" o Centro Cultural, tendo inclusive encetado contactos com a REFER, no sentido de conseguir estabelecer um protocolo (entre Junta de Freguesia, REFER e Centro Cultural do Paraimo) por forma a que a desactivada Estação do Paraimo sirva de sede à nova associação. "Estamos a tentar fazer um protocolo de cedência de instalações porque se trata de um espaço que está inactivo e que daria perfeitamente para instalar o Centro Cultural, única colectividade do lugar", diria.

A tomada de posse dos corpos sociais para o biénio 2009/10 teve lugar no penúltimo sábado.

De registar que o logotipo da colectividade integra um comboio, numa linha, fazendo assim alusão ao Paraimo e um ciclista, relacionando-o com o velódromo nacional que está localizado neste lugar. A associação não descarta a hipótese de vir ainda a integrar uma escola de ciclismo.

Catarina Cerca

catarina@jb.pt
Diário de Aveiro



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