IDEIA PASSA PELA VALORIZAÇÃO DO BALDIO DA FONTE |
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Pouco a pouco, a zona do Baldio do Parque da Fonte do Moleiro não só vai sendo preservada no seu habitat natural, mas também vai ganhando beleza e equipamento, hoje tão necessário à manutenção do bem físico. A Comissão de Baldios de Avelãs de Cima, no momento, está empenhada na instalação de um circuito de manutenção. Mãos à obra. Os trabalhos nesse sentido já começaram com a preparação do circuito, com o arranjo do piso com areia amarela. Os elementos dos corpos directivos dão o corpo ao manifesto e nem os "canudos" de alguns fizeram esquecer o carro de mão ou a enxada, aos fins-de-semana. O circuito acompanha os lagos e uma zona bastante húmida (a água jorra à flor do chão) onde estão os tanques de armazenamento das águas que correm para as bicas da Fonte do Moleiro, onde há um contínuo corrupio de gente, de perto e de longe, enchendo garrafões e garrafas, carregando carrinhas e bagageiras de automóveis. "Isto é uma riqueza", lembra António Carlos de Oliveira Costa, referindo-se à abundância e qualidade de água, no entanto ameaçada pela pressão de algumas culturas e fossas, o que naturalmente preocupa os responsáveis. Trata-se de uma área protegida, onde se respira ar puro e onde a mão do homem intervém o mínimo, como é o caso, ou como foi a criação dos lagos, onde, outrora, eram barreiros, mais junto à estrada. Com dois objectivos: criar beleza natural e formar uma presa, com comporta, construída, há um ano, não só para rega de alguns campos, mas, se necessário, para encher os autotanques dos bombeiros em caso de incêndio. Aos lagos, bastante fundos, onde bóia uma ilhota, com palmeiras e outras árvores, lançou a Comissão alguns peixes - "pusemos alguns peixes, eles andam por aí", afirma António Carlos de Oliveira Costa. Ex-praticante de atletismo e apaixonado pela natureza, afirma mais do que uma vez: "isto é muito lindo, é uma maravilha". Outra ideia a navegar-lhes na cabeça é levar para ali alguns patos. Antes, eram rolos de mato e silvas. "Não se podia aqui entrar, era uma autêntica selva", agora é local aprazível. Entre a plantação de árvores e arbustos, mas sem desprezar as espécies autóctones, há umas que vão dar nas vistas. São as avelaneiras, árvore que no séc. XII deu o nome à freguesia. Homenagem para breve. Autêntica selva era, há anos, o que rodeava a Fonte do Moleiro. Limpo o terreno, foi ali instalado um parque de lazer com mesas e bancos, quartos de banho e até um parque infantil. Com a apoio da Junta de Freguesia. Um dos grandes impulsionadores deste arranjo foi o empresário, Ramiro Félix que fez questão de implantar naquele espaço uma réplica de um moinho de vento que por ali existia há um século, bem como uma azenha. Por isso, os elementos da Comissão de Baldios pensam que é chegada a hora de homenagear este cidadão, que já não é deste reino. O que pode acontecer, por Março ou Abril, aquando da inauguração oficial do circuito de manutenção.Armor Pires Mota Diário de Aveiro |
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