Com mais de 25 anos de "casa", como dirigente, António Paulo Maia Gravato foi reeleito como Provedor da Misericórdia de Vagos, tendo já tomado posse. Da lista da Mesa Administrativa fazem, ainda, parte Ana Maria Vasconcelos, Manuel Cruz, José Mário Grave, Horácio Dionísio Mateus, Maria Céu Matos e João Manuel Domingues. Ana Judite Gravato, Dorinda Esmerada Neves e Eduardo Fernandes, são suplentes. A Mesa da Assembleia-Geral e o Definitório (Conselho Fiscal), continuam a ser liderados pelo Pe. Manuel Carvalhais e João Luís Parracho, respectivamente. Neste mandato, que termina em 2011, Paulo Gravato vai ter de gerir alguns "dossiês" algo complexos, como é o caso das novas formas de exclusão e pobreza, decorrentes da anunciada crise à escala global. "Vamos estar atentos a essa nova classe de pobres pelo desemprego", disse o Provedor, sublinhando que o assunto tem sido abordado pela União das Misericórdias Portuguesas. Considerando que, para já, a questão vai ser gerida localmente, por cada uma das instituições, Paulo Gravato admitiu que, no caso de Vagos, a Misericórdia "está aqui para ajudar". "Haverá, certamente, situações a nível concelhio que podem vir a beneficiar desse apoio, mas têm de ser devidamente sinalizadas", concretizou, acrescentando ser dever da instituição analisar todos os casos, e não permitir que "as pessoas passem mal, nem que tenham vergonha de dar a cara". Unidade de Cuidados Continuados. Noutra frente, Paulo Gravato anunciou que está concluído o projecto, para a construção de uma unidade de Cuidados Continuados. Disponibilizada pela autarquia para o efeito, a antiga Casa dos Magistrados deixou, entretanto, de ser opção, por se entender que aquela infra-estrutura "ficaria melhor implantada" em terrenos da Misericórdia. O projecto, que engloba 40 camas, aguarda agora pelo financiamento do QREN para avançar. "A candidatura ao programa modelar era de 750 mil euros, mas não dava sequer para o equipamento, que é muito caro, dado que as unidades que têm surgido são melhores que os hospitais", disse Paulo Gravato, que já visitou a unidade de Castelo de Paiva, onde o investimento (com menos camas), rondou os dois milhões de euros. Trata-se, segundo o Provedor, de um investimento que faz falta a Vagos, muito embora os Cuidados Continuados trabalhem em rede, a nível nacional.Eduardo Jaques Diário de Aveiro |