O PROCESSO DE ADD É MESMO IRREVERSÍVEL

Os presidentes dos Conselhos Executivos (CE) dos Agrupamentos de Escolas de Oiã e Oliveira do Bairro e Secundária c/ 3º CEB de Oliveira do Bairro estão entre o grupo de 11 escolas do distrito que consideram que a implementação do actual modelo de Avaliação de Desempenho Docente (ADD) "tem vindo a provocar graves perturbações no normal funcionamento" das escolas, podendo o processo de ensino, "a muito curto prazo, vir a ser relegado para segundo plano". Estas e outras apreciações negativas foram dadas a conhecer à ministra da Educação, à Direcção Regional de Educação do Centro e secretaria de Estado da Educação, na semana passada.

"A dificuldade na organização de procedimentos que exigem diversos documentos", "o esforço que acarreta a todos os docentes", "a tendência em ocupar os professores em tarefas burocráticas em detrimento de funções pedagógicas" foram algumas das questões contestadas nesta tomada de posição. As escolas mostram-se igualmente preocupadas pelo facto dos docentes avaliadores terem de faltar às aulas das próprias turmas para assistirem às dos docentes avaliados e pela não legitimação do papel dos avaliadores, pela discrepância (tempo de serviço, disparidade de áreas científicas, etc.) entre estes e os avaliados.

Mas o processo de ADD é mesmo irreversível. A garantia foi dada pela própria ministra em Anadia, onde esteve reunida com alguns presidentes dos conselhos executivos de escolas da região, à margem do 2º Encontro de Educação. Segundo explicou ao JB a presidente do CE da EB 2/3 de Oliveira do Bairro, Júlia Gradeço, "em conversa absolutamente informal, a ministra disse que o processo era irreversível, mas mostrou-se sensível a alguns ajustes e considerou que as escolas estão a burocratizar e a complicar demasiado este sistema".
Diário de Aveiro



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