A Junta de Freguesia de Sangalhos vai endurecer as medidas a adoptar contra os proprietários de terrenos que ignoram a lei e continuam sem proceder à limpeza de terrenos. Sérgio Aidos, presidente da autarquia, diz-se disposto a agir com todos os meios legais à disposição contra aqueles que estão a ignorar os apelos e mensagens de sensibilização da autarquia. "Nos tempos dos nossos avós era habitual, no início do ano, roçar o mato nos pinhais. Era limpar e prevenir, utilizar e reutilizar e os riscos de incêndio eram reduzidos. Agora, há quem teime em não o fazer, mas não podemos fechar os olhos", afirma o autarca. Sérgio Aidos diz que a maioria das pessoas até são cumpridoras - e as cartas/notificação da Junta surtem efeito, mas continua a existir quem ignore os avisos. "A Junta de Freguesia de Sangalhos escreve aos proprietários que estão menos atentos às leis, sensibilizando-os no sentido de as cumprirem e evitarem eventuais e graves prejuízos para eles próprios e para terceiros. Cerca de 95% dos notificados cumprem com toda a satisfação e melhor entendimento. Mas a parte restante critica, fica-se pela sua pretensa "superioridade!?", desabafa indignado o presidente de Junta, explicando que "o mais caricato é o facto de serem algumas pessoas do extracto social médio-alto, as que menos cumprem".
Para o presidente da Junta de Sangalhos, a lei até protege a floresta e quem vive paredes meias com ela, mas a sua execução é que continua demasiado burocrática. "Embora a lei exista, os meios para a fazer cumprir são extremamente burocráticos, nada práticos e pouco eficientes. Os agentes existem, actuam, mas ficam defraudados quando vêem o seu trabalho ser infrutífero, dar em nada, e os prevaricadores impávidos e serenos a rirem-se", diz Sérgio Aidos. O mesmo problema acontece com a limpeza das valas foreiras. "Vamos continuar a apelar ao civismo e sensatez, mas também a canalizar os prevaricadores para quem de direito e que tem competência para fazer cumprir a lei". Ou seja, diz o autarca, que continuará a pressionar a Câmara para aplicar, de forma mais célere, as multas devidas a quem continua a ter "falta de civismo". Tânia Moita tania@jb.pt Diário de Aveiro |