Adolfo Roque, sócio fundador da empresa de revestimentos cerâmicos Revigrés, morreu ontem nos Hospitais da Universidade de Coimbra, vítima de doença prolongada, disse à agência Lusa fonte da Associação Empresarial de Portugal (AEP).
De acordo com a fonte, o funeral de Adolfo Roque está marcado para, hoje, terça-feira, às 18:00, em Barrõ, Águeda, terra natal do empresário.
Adolfo da Cunha Nunes Roque, sócio fundador da cerâmica Revigrés falecido hoje em Coimbra, nasceu em 19 de Novembro de 1934 (73 anos) em Barrô, Águeda, onde será sepultado terça-feira, às 18:00. A propensão para a matemática revelou-se logo nos primeiros anos de estudo, na Escola Primária de Barrô e no Liceu Nacional D. João III, actual Escola Secundária José Falcão, em Coimbra. Em 1952, ingressou na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, para fazer os preparativos de Engenharia, e três anos mais tarde transitou para a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, onde em 1958 completou a licenciatura em Engenharia de Minas, com média final de 16 valores. Depois de uma curta experiência numa fábrica de cerâmica, ingressou na Companhia de Diamantes de Angola, onde conheceu a sua mulher, Maria Luísa Grácio Bexiga. Em 1968, regressou a Portugal para assumir a direcção fabril da Fábrica de Tintas Dyrup, em Lisboa. Simultaneamente, investiu na bolsa e estudou dois anos Economia, desistindo na sequência de problemas resultantes da morte da sua mãe, num acidente de viação, em 1969. Em 1976, decidiu regressar à sua terra natal, convidando alguns amigos para fundar uma fábrica da área da freguesia de Barrô. A Revigrés, fábrica de revestimentos de cerâmica, nasceu a 12 de Maio de 1977, ganhando visibilidade nacional a partir de 1983, quando passou a patrocinar a equipa de futebol do FC Porto. Adolfo Roque era actualmente presidente dos conselhos fiscais do FC Porto (clube e SAD), do semanário Região de Águeda, que fundou, e da Porcel - Indústria Portuguesa de Porcelanas, bem como provedor da Santa Casa da Misericórdia de Águeda. Foi membro de vários órgãos da Associação Empresarial de Portugal (AEP, ex-Associação Industrial Portuense), entre 1984 e Maio deste ano, e era membro das assembleias gerais do BCP, Seguros Global e Global Vida. Exerceu também cargos de direcção na Associação Portuguesa da Indústria e Comércio do Centro, Comissão Regional de Turismo da Rota da Luz (foi o primeiro presidente), Confederação da Industrial Portuguesa (CIP), Associação Comercial e Industrial de Coimbra e Universidade de Aveiro. Recebeu várias distinções, entre elas a de Comendador de Mérito Industrial, conferida em 1997 pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, e o "Dragão de Ouro", atribuído pelo FC Porto em 1994. Adolfo Roque foi também o primeiro presidente do Conselho Geral do Hospital Distrital de Águeda, membro da Comissão de Avaliação de Universidades Portuguesas e presidente da Comissão Regional do Centro da Ordem dos Engenheiros. Era o maior coleccionador nacional de saca-rolhas e o único português a integrar um Clube internacional, o I.C.C.A. - International Correspondence of Corkscrew Addicts, com 50 sócios de diversas nacionalidades. Diário de Aveiro
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