Já muitas vezes tenho falado neste espaço editorial do problema dos preços do petróleo e de como ele influencia a nossa vida quotidiana.
Não vale a pena teorizarmos, conversarmos, tergiversarmos ou sequer pensarmos muito sobre o porquê dos aumentos constantes do petróleo. A verdade da alta de preços é simplesmente a especulação internacional dos preços que permitem que investidores globais controlem os preços sem que os governos queiram intervir pela necessidade de alimentar os vários monstros dos governos ocidentais e em particular o nosso, que pela grandeza e inoperacionalidade, já é de estimação.
Quem acha que o preço do petróleo está directamente ligado aos factores de produção e tenta passar essa imagem cá para o povo simplesmente engana-nos.
O último mês assistiu à queda em 10% nos valores do crude bruto. (145 para 132 dólares). Alguém viu descer o preços dos combustíveis em Portugal?
Ao contrário, vimos no último ano os mínimos do petróleo internacional variarem entre os 85.89 e os 145.85 dólares, ou seja uma variação próxima dos 70%.
Essa diferença foi passada directamente para os consumidores finais portugueses que viram o preço dos combustíveis aumentarem em proporções idênticas.
À custa desta diferença e da miserável vida que cada vez mais levamos enchem-se os cofres do Estado que engorda com esta alta especulativa, à medida que vê as empresas portuguesas perderem competitividade.
Repito mais uma vez!
O último mês assistiu à queda em 10% nos valores do crude bruto.
Ontem quando abasteci o meu carro percebi pelas palavras do cidadão que me atendeu e empregado duma gasolineira qual e quanta é a revolta do português comum.
Falta passar das palavras ao actos. Afinal, mesmo apesar da baixa internacional do crude, que não tem a mesma importância noticiosa que a sua subida (propositadamente é certo) alguém viu baixar os preços nas bombas ou o tal Robin dos Bosques, que agora se chama Sócrates, a distribuir subsídios aos mais pobres para além dos parcos haveres com que cada um ainda subsiste?