OS INQUÉRITOS SÃO REALIZADOS POR VIA TELEFÓNICA |
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Os resultados de um inquérito aos utentes no Hospital de Aveiro, para alterar procedimentos, estão a surpreender o “staff” da própria administração, porque a generalidade dos inquiridos “só faz elogios”.
A imagem pública do serviço de urgência daquele hospital foi marcada recentemente por “casos” como o de um paciente que morreu após cair da maca e de uma idosa que acabou por morrer sem assistência.
Apesar disso, em 700 inquéritos telefónicos já realizados a utentes que passaram pelo Hospital, a média de satisfação, numa escala de zero a quatro, situa-se nos 3,9 por cento, relevou fonte da administração.
Os inquéritos são realizados por via telefónica, até 30 dias após a alta, a doentes que estiveram internados após serem encaminhados pela urgência ou pelo serviço de consultas externas.
As respostas, em que os inquiridos classificam o serviço prestado entre “mau” e “muito bom” são depois objecto de tratamento estatístico e os dados revelam um elevado grau de satisfação.
“São raras as respostas negativas e os resultados estranhos, porque impressionantes”, disse à Lusa Catarina Resende, Relações Públicas do Hospital, admitindo que o processo de auscultação possa vir a ser revisto.
Uma das explicações que admite estarem na origem de “tanta satisfação” é o facto dos utentes serem contactados telefonicamente para casa, já depois de terem tido alta.
“O facto de receberem um telefonema do Hospital e das pessoas serem ouvidas é, por si só, um elemento apaziguador”, observa.
Em moldes diferentes, começou este mês a ser feito um inquérito aos acompanhantes das crianças atendidas na urgência pediátrica, para aferir o grau de satisfação sobre os serviços prestados e melhorar procedimentos.
“O Hospital Infante D. Pedro (HIP) é, antes de qualquer outra coisa, um prestador de cuidados de saúde. Por isso, a opinião dos utentes e de todas as pessoas que procuram os seus serviços reveste-se de extrema importância para aferir o grau de qualidade dos serviços prestados, bem como para alterar procedimentos e condutas no sentido da sua melhoria”, justifica.
A auscultação está a ser feita aos acompanhantes das crianças que tenham sido admitidas no Serviço de Urgência Pediátrica do HIP através de um inquérito simples, realizado no momento da alta.
“Pretende-se começar a constituir um acervo de informação que servirá, sobretudo, para apurar e melhorar a qualidade dos serviços prestados, tendo sempre por base a óptica do Utente/Acompanhante.
Basicamente, o Hospital pretende aferir o grau de satisfação em relação ao acesso/admissão aos cuidados, às instalações, à informação disponibilizada, à prestação dos profissionais e às suas expectativas em relação a este Serviço”, explica.Diário de Aveiro |
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