O IMÓVEL FOI COMPRADO NO ÚLTIMO MANDATO DE CARLOS BENTO

Por unanimidade, o Executivo camarário de Vagos recusou a aquisição de uma casa gandareza, na freguesia de Covão do Lobo, alegando estar em estudo a concretização de um projecto global. A intenção da Câmara, segundo Rui Cruz, passa pela contratação de uma técnica de museologia, para desenvolver o referido projecto, a fim de ser futuramente integrado na Rede Nacional de Museus.

Sabe-se que se trata de um projecto conjunto, museológico e patrimonial, da casa e tradição gandareza, com vários núcleos temáticos, que deverá ser candidatado ao programa territorial de contratação de fundos ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Segundo o edil vaguense, a ideia, desenvolvida oportunamente pela Câmara Municipal, chegou a ser apresentada a Isabel Pires de Lima, ex-ministra da Cultura, que a considerou "interessante". Contudo, com a sua saída do Governo, o projecto acabaria por "cair", sendo recuperado mais tarde pelos próprios técnicos do ministério que, para além de facultarem legislação adequada, voltaram a "manifestar interesse quanto à sua integração em rede".

Tanto quanto apurámos, para poder ser instalada a Casa Museu de Santo António, vai ser necessário catalogar e recuperar todo o espólio já recolhido. "A técnica vai ter muito que fazer", disse fonte camarária, que não descarta a hipótese de ser adquirido algum do equipamento ainda em falta.

O imóvel, comprado no decorrer do último mandato de Carlos Bento a solicitação da direcção do Rancho Folclórico de Santo António, foi totalmente recuperado pelo actual Executivo. Quando ficarem concluídos os arranjos exteriores, passa a albergar a sede daquela instituição e os estúdios da "Vagos FM", de momento provisoriamente instalados no salão paroquial.

Eduardo Jaques
Diário de Aveiro



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