"Duas respostas com qualidade" foi como a Secretária de Estado Adjunta da Reabilitação, Idália Serrão Moniz, definiu a nova valência da SOLSIL, - "uma grande instituição e sustentável" - o CAT (Centro de Acolhimento Temporário) e a nova Creche, cujos investimentos atingiram o montante de 1.069.416 euros. Estes novos equipamentos foram inaugurados na última sexta-feira, dia 9, com casa cheia (marcaram presença governador civil, Filipe Neto Brandão, director do Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro, Celestino de Almeida, presidente da câmara e vice-presidente da Assembleia Municipal, respectivamente, Mário João Oliveira e Gilberto Rosa, vereadores, deputados municipais, presidente da junta de Oiã, representantes de associações de solidariedade social e outras, para além dos utentes e funcionários), com o descerramento de placa comemorativa no hall de entrada, que dá acesso a instalações, de esmerado traço arquitectónico e acabamentos de grande dignidade, sem serem luxuosos, com materiais que criam harmonia no seu conjunto. Este acto teve a participação do membro do governo e do edil oliveirense que, depois, encabeçaram a visita aos interiores dos dois blocos do edifício que apreciaram sobremaneira. Obra de impacto. Como é normal, no fim da visita, realizou-se uma sessão solene no salão de reuniões. Feliz por mais este equipamento e serviço, Benjamim Pires, presidente da SOLSIL, começou por fazer uma retrospectiva da associação, que começou por ser uma Comissão de Melhoramentos e hoje é uma das mais versáteis associações de solidariedade do distrito de Aveiro. A potencialização das suas capacidades permitiu-lhe ampliar uma valência (Creche) e instalar outra, o CAT, já ocupada por 20 jovens que vão dos 12 aos 18 anos, rapazes e raparigas, com alguns problemas, "procurando estruturar e dar um rumo digno às suas vidas", salientou, a dado passo, mas não deixou de abordar também as dificuldades em lidar com alguns dos utentes que geram "situações intoleráveis". Esta é "mais uma obra, que para além de ter forte impacto na aldeia, na freguesia e concelho em que se insere, honra o distrito e o país", pois "presta apoio a pais para uma educação partilhada, favorecendo aprendizagens significativas e diversificadas", realçou Benjamim Pires, que referiu que a obra "só foi possível", graças ao apoio do Estado através do FEDER, PIDDAC e CDSSA, o qual se cifrou em 597.615 euros e Câmara Municipal que participou com 114.502 euros, tendo a instituição suportado com capitais próprios 357.298 euros. Acima da média. Mário João Oliveira começou por referir o grande desenvolvimento do concelho nos últimos anos e "acima da média" no campo social. E assim é que o concelho dispõe de 11 associações de solidariedade social, com uma boa taxa de cobertura. Salientou, no que se refere à primeira infância, que há uma taxa de cobertura de 30,8%, acima da média nacional; por sua vez, nas valências que servem os idosos, a taxa é de 12,7%. Apesar disso, manifestou ainda alguma preocupação. "O município não se pode dar por satisfeito". É que "o concelho continua a ter listas de espera", explicitou. Apesar disso, os lares não chegam, as creches também não. E os serviços de apoio às crianças portadoras de deficiência são insuficientes. Para o autarca, a resposta está "na busca criativa" dessa mesma resposta, em parceria com o governo. À Secretária de Estado coube fazer as despesas quanto às metas e políticas do governo no campo social, começando por afirmar que "estamos a reforçar a rede de equipamentos sociais", mas "não ficamos satisfeitos com o que iremos alcançar", com o PARES I e II. O distrito de Aveiro, quanto a candidaturas ganhas leva a palma a nível do país (84). Todavia, reconheceu que "ainda não são as necessárias". Quanto ao CAT inaugurado, lembrou que as crianças e os jovens "valem todos os sacrifícios e investimentos que possamos fazer"? Armor Pires Mota Diário de Aveiro |