Quando pela primeira vez escrevi sobre este tema (JB-1749 07/2004), o barril de petróleo transaccionava-se a 40 US$. Para melhor se perceber da evolução dos preços, em 1988, a cotação era de 15 US$; em 1999 custava 11 US$; em Março de 2007 pagava-se a 60 US$ e em Março de 2008 passou a barreira dos 105 US$. Para quem duvida que muito destes preços são meramente especulativos e que não dependem da tradicional lei da oferta e da procura, a resposta é muito simples: no último ano o preço do petróleo aumentou quase na mesma medida em que a moeda americana se desvaloriza face ao Euro. Desde Março 2007, o ouro negro aumentou 70%, praticamente os mesmos 62% que a moeda europeia ganhou à divisa americana no mesmo período.

A cada vez maior dependência do mundo ocidental desta verdadeira droga negra começa a ser absurda. Só temos então um caminho: limitarmos a dependência do petróleo. Por isso está bem Sócrates, ao promover a emergência de energias alternativas. A meta de Portugal é ter cerca de 31% da sua energia produzida por fontes renováveis em 2020.

Mas desde 20 de Março de 2008 que existe a nível planetário um prémio para ajudar a implementar uma solução para a locomoção eficiente na Terra. À semelhança do que o Ansari X Prize ($10 Milhões) fez para o primeiro voo espacial privado, inspirado no prémio Orteig de $25000, ganho em 1927 por Lindbergh (voou sem escalas entre NY e Paris) existe agora o Progressive Insurance Automotive X PRIZE cujos objectivos são: desenhar um automóvel capaz de percorrer mais de 100 milhas (185.22Km) com um Galão (3.785Lt) ou equivalente de gasolina, satisfazendo rigorosos requisitos de emissão de gases, cumprindo em condições de condução do dia-a-dia e serem seguros, acessíveis em preço e desejáveis de usar.

Engenheiros! Mãos à obra. O planeta e a nossa bolsa agradecem.

António Granjeia*
*Director