A Fábrica de Azeite Alcides Branco, localizada na Lameira de Santa Eufémia, no Luso, vai ser objecto de uma reunião que juntará, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), representantes da Câmara da Mealhada, da Junta de Turismo do Luso-Buçaco, vários presidentes de Junta e representantes da Direcção Regional de Economia, para debater os problemas ambientais relacionados com a laboração da unidade. Até porque, o prazo dado pela CCDRC para a construção de uma ETAR, está a chegar ao fim e a licença provisória de laboração também termina a 31 de Março. É sem expectativa que José Rosa, presidente da Junta de Freguesia da Vacariça, aguarda pela próxima reunião. "Quando estivemos na CCDRC, foi-nos dito que o prazo de execução para a nova ETAR da empresa termina no final de Janeiro, e nós já sabemos que este não será cumprido, porque a ETAR nem sequer está licenciada, quanto mais construída. De forma que aguardamos, a ver qual será a decisão da CCDRC", adiantou ao JB o autarca. No mínimo, José Rosa espera que saia da reunião um mudança na licença emitida pela CCDRC para a captação de água. "Temos a garantia de que a licença vai precisar o sítio exacto onde a empresa poderá captar água", explica o autarca, referindo estar a acautelar os dois poços propriedade da Junta de Regantes. A próxima reunião, que deverá acontecer em meados de Fevereiro, também incluirá um representante da Direcção Regional de Economia, já que é esta a entidade responsável pela emissão da licença de laboração da unidade - provisória até 31 de Março. José Rosa não defende o encerramento da unidade, mas quer garantias. "Nós não estamos contra a laboração, mas desde que esta não ponha em causa as populações que habitam nas imediações e tudo que está à volta", refere. O autarca reconhece uma melhoria a nível dos cheiros emitidos pela unidade desde que entrou em funcionamento um secador de fumos, mas aponta ainda muitos problemas a nível da ribeira do Luso. E exemplifica com a última descarga, cujas análises à água revelaram estar poluída. "Nem seria necessário fazer as análises, porque os 30 centímetros de espuma já revelavam a poluição. E temos que ver que, além do Centro de Estágios do Luso, existe ali um parque de merendas que nunca é usado devido aos maus cheiros provocados pela água". Tânia Moita tania@jb.pt Diário de Aveiro |