podem estar a ser contaminados devido à deposição no estaleiro municipal, a céu aberto e sem qualquer impermeabilização, de centenas de toneladas de resíduos provenientes da A1 . O alerta foi dado pelo deputado do CDS/PP, Jorge Mendonça, na última Assembleia municipal, que referiu que largas toneladas, provenientes da decapagem do pavimento da auto-estrada, estão a ser colocadas no "estaleiro municipal que está localizado numa zona onde se inicia uma linha de água classificada pela Reserva Ecológica Nacional que constitui uma zona de infiltração máxima e através da qual se concretiza a recarga dos aquíferos".
Avisou que "o resultado inevitável das primeiras chuvas deste Outono redundou na geração de lixiviados saturados de hidrocarbonetos que, face à inexistência de impermeabilização e à capacidade de infiltração máxima do local, necessariamente determinaram a contaminação desses aquíferos".
"É preocupante que o Executivo Municipal demonstre ignorar que as águas destes aquíferos são habitualmente usadas em regas de produtos agrícolas, com grande capacidade de retenção de tóxicos sendo, ainda que pontualmente, também utilizadas para consumo humano", acrescentou o autarca.
Jorge Mendonça sublinhou ainda que "num município em que estão em debate as fragilidades e potencialidades do concelho, é exigível que estas afrontas à sustentabilidade ambiental não se verifiquem com tanta ligeireza".
Mário João, presidente da câmara, justificou que foi aprovado, por unanimidade, um contrato de cedência temporária, cuja contrapartida foi em toneladas de produto, proveniente da A1 que servirá para melhorar caminhos, não sendo um depósito definitivo. JB não conseguiu ouvir a responsável ambiental da empresa que está a efectuar as descargas.