A União Desportiva Cultural e Recreativa do Silveiro (UDCR) comemorou, no último domingo, (dia 9), 21 anos, que "dizem bem da grandeza desta colectividade", segundo o presidente da direcção, Paulo Martins, sob os bons desígnios de continuar a trazer ao Silveiro grandes espectáculos e com a garantia de apoios reforçados por parte da câmara municipal.

A UDRC tem como pólos de grande dinamização: por um lado, o Grupo de Cantares, que "tem corrido mundo e levado bem longe o nome da terra" e que se deslocará, em Agosto do próximo ano à cidade maravilhosa, Rio de Janeiro, Brasil; por outro, o Centro Prof. Élio Martins cujo palco tem recebido espectáculos de grande qualidade. Inaugurado há 4 anos, a direcção conseguiu criar uma dinâmica tal que, nestes quatro anos, já promoveu 44 espectáculos de música, teatro, dança ou moda, tudo isto, porque "queremos ser um espaço de referência na cultura da região e penso que o temos conseguido", afirmou Paulo Martins. "Muitos nomes consagrados das artes nacionais já pisaram o nosso palco". (Em sua representação, marcou presença na festa do 21º aniversário o actor Joaquim Nicolau). O que só tem sido possível, graças aos apoios da câmara que "tem sido importante veículo na promoção da cultura de qualidade", manifestando, além disso, "uma superior sensibilidade para os nossos problemas". Também a junta tem concedido apoios e disponibilizado máquinas.

Juntam-se-lhes agora nos apoios aos espectáculos Galsup, Imobiliária Medicértima, Paraíso Turismo, proprietária do Hotel Paraíso e o BPI.

Preocupações e repto aceite. Apesar de tudo isso, Paulo Martins apresentou algumas grandes preocupações, resultantes da "conclusão desta casa", mas isso não inibe a direcção de concluir, no próximo ano, o projecto do dormitório, "para depois reunir apoios para a sua construção" nem tão pouco de trazer ao palco novas peças. Estão já agendados para 19 de Janeiro e dia 10 de Maio grandes espectáculo, o último com Camilo Oliveira, Rui Carvalho e Nicolau Breyner, interpretando "o meu rapaz era rapariga".

Todavia, Paulo Martins quer mais: "queremos uma estreia nacional, nem que para isso tenhamos de pedir apoio à câmara municipal". Estava lançado o repto.

Entre os muitos oradores, fechou com chave de ouro o presidente da câmara, Mário João Oliveira, que elogiou o trabalho de qualidade, desenvolvido na associação, o que tem concorrido para 21 anos de êxito, graças "a muito trabalho e muita dedicação", contribuindo para "a dinâmica que faltava no nosso concelho". E levando em conta de que a cultura se paga, bem como a qualidade, acabou por aceitar o repto de Paulo Martins. O apoio "vai, para além do apoio acertado", e "não vai permitir que falte um cêntimo para cobrir o défice que existir". Quanto à estreia de peça a nível nacional, não podia estar mais de acordo - a câmara está disponível para apoiar. Além disso, irá fazer tudo para que as prestações bancárias, assumidas com "a construção deste magnífico edifício"?"sejam cumpridas".

Partido o bolo e cantados os parabéns a você, seguiu-se o espectáculo musical com Luís Portugal em palco, Paulo Serafim e Victor Fernandes, ou sejam os Óqtrup.

Armor Pires Mota

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Diário de Aveiro