A SITUAÇÃO TEM QUE FICAR DECIDIDA

Ainda não há certezas, mas tudo aponta para que o ATL - Actividades de Tempos Livres - da Escola Básica nº1 de Sangalhos, até agora em funcionamento no Centro de Bem Estar Infantil da Santa Casa de Sangalhos, continue a funcionar naquele local. Esta é, pelo menos, a vontade da Junta de Freguesia que espera, agora, que a Santa Casa "aguente", até ao final deste mês, a situação. Entretanto, a autarquia pretende encontrar com a Santa Casa, Câmara Municipal e Comissão de Pais, uma solução definitiva para este problema, que se arrasta desde o início do ano lectivo.

Pais decidem. "A decisão está nas mãos dos pais e encarregados de educação", segundo revelou José Costeira, provedor da Santa Casa. Já o autarca, Sérgio Aidos, avançou que a Junta "tudo irá fazer para chamar os pais à razão, para que eles optem pela proposta apresentada pela Santa Casa", até porque, como adiantou, "a Comissão de Pais apresentou uma alternativa - provisória - (caso não fosse assinado o protocolo entre a Santa Casa e a Segurança Social) que nunca passou disso mesmo".

A JB, o provedor, José Costeira, avançou que "por estes dias, a situação tem que ficar decidida. Estamos na expectativa". Na verdade, a Santa Casa assinou um protocolo para 40 crianças, precisando, agora, saber qual a decisão dos pais, pois, como adiantou, "se não houver interessados teremos de denunciar o acordo estabelecido com a Segurança Social". Todavia, alerta: "se houver denuncia de acordo a situação será irreversível já que é pouco provável que a Segurança Social volte atrás". E, questiona: "depois, como será?"

Solução. Recorde-se que os pais consideram as mensalidades estabelecidas pela Santa Casa demasiado elevadas (entre 40 e 65 euros), optando (em inquérito que circulou pela escola) pela proposta apresentada pela Comissão de Pais. Um inquérito que, segundo Sérgio Aidos, "foi precipitado", na medida em que a única proposta existente era a da Santa Casa, sublinhando não saber se vai ter POC’s (nunca os quatro apontados no inquérito), no máximo dois, para colocar em marcha o ATL, na sala que está vaga, na escola.

"Os pais precisam de saber que, a qualquer momento, os POC’s podem-nos ser retirados. E depois? Quem paga ao pessoal que se tenha de vir a contratar para tomar conta das crianças? Não ficará essa solução muito mais cara que a proposta apresentada pela Santa Casa?", defendendo a solução da Santa Casa como a única capaz de dar uma resposta efectiva às necessidades das crianças e dos pais.

Catarina Cerca
Diário de Aveiro



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