LITÉRIO MARQUES RELATIVIZA CARTA EDUCATIVA |
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As 51 escolas básicas e jardins de infância do concelho vão receber um kit de apoio para desenvolvimento da música como actividade extracurricular. A Básica de Samel, freguesia de Vilarinho do Bairro, foi a primeira a receber a antecipada "prenda de Natal" da Câmara Municipal de Anadia. Mas o que os alunos queriam saber do presidente era o porquê de dizerem que "a escola vai fechar". No embrulho recebido e aberto por Joana Tavares, de 5 anos, estão 12 histórias temáticas, com as respectivas pautas acompanhadas de 12 cd’s. São contos acerca de festividades, como as canções de Natal, as danças de roda ou as canções de sempre, como "O balão do João", que são complementadas com sugestões de actividades que os professores e educadores poderão desenvolver com as crianças. Investimento. Litério Marques sublinhou o investimento de 10 mil euros no material e disponibilizou a autarquia para colaborar naquelas que forem as solicitações dos professores, recordando, com alguma emoção, os tempos em que leccionou naquela mesma escola. E não se escusou a responder aos receios, levantados pelo pequeno Rafael Vidal, de nove anos, acerca do eventual encerramento da escola, indicado pela Carta Educativa, já aprovada pelo executivo municipal. "Viu que as condições da escola são boas. É verdade que a escola vai fechar?", perguntou o aluno do quarto ano. A resposta do autarca foi no sentido de apaziguar o aluno - e provavelmente a equipa docente. "Não sei, vou lutar para que não feche (?) É uma escola boa demais para fechar e é difícil substituí-la já por uma melhor", afirmou Litério Marques, afirmando que defende escolas com média dimensão, como é o caso da básica de Samel, que integra também jardim de infância. O autarca acabou por relativizar a Carta Educativa, aprovada pelo executivo e que será objecto de discussão na Assembleia Municipal Extraordinária que se realiza depois de amanhã (sexta, dia 30). "A carta educativa será analisada no dia a dia e a situação que é hoje poderá não ser a mesma de amanhã. O governo defendia escolas com três salas, Samel preenchia estas regras, agora defende quatro salas, já não preenche (?), mas a escola não vai fechar brevemente", afirmou o autarca. Tânia Moita tania@jb.pt Diário de Aveiro |
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