O OBJECTIVO É QUE O ECOTROPICAL SEJA UM LOCAL DE REFERÊNCIA |
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A Universidade de Aveiro vai criar no Brasil um Centro de Conhecimento em Biodiversidade Tropical, o Ecotropical, mediante uma parceria, a assinar no domingo, com o Instituto Energias do Brasil e o Instituto Ecológica.
De acordo com o protocolo, a assinar no domingo, em São Paulo, as três instituições comprometem-se a fomentar o Centro de Conhecimento em Biodiversidade Tropical para dar formação e desenvolver trabalhos científicos sobre biodiversidade, inovação tecnológica e mudanças climáticas.
O objectivo é que o Ecotropical seja "um local de referência para a conservação da biodiversidade e de formação científica, a nível da formação inicial, mestrado e doutoramento".
Segundo o director do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Amadeu soares, que assinará a parceria em nome da universidade portuguesa, trata-se de " um passo muito importante e significativo para a melhoria das condições e oportunidades de formação que a Universidade oferece aos seus docentes biólogos e aos alunos que queiram estudar e investigar questões de Biodiversidade e de Ecologia tropicais".
"Em conjunto com o protocolo também assinado este ano com o Centro de Investigação da Gorongosa, Moçambique, passamos a reunir e oferecer condições ímpares, no panorama nacional, que se tornam um grande valor acrescentado e abrem excelentes perspectivas para quem quer vier estudar Biologia na Universidade de Aveiro, seja ao nível da licenciatura seja na pós-graduação, mestrados e doutoramentos", comentou.
O Centro de Conhecimento em Biodiversidade Tropical situa-se numa área de Bioma Cerrado, em ambiente rural, a 50 quilómetros de Palmas, capital do Estado de Tocantins, e a nove quilómetros da zona urbana de Taquaruçu.
A localização é considerada estratégica por funcionar como interligação de três tipos de biomas distintos: Cerrado, com várias fitofisionomias, Floresta Amazónica e Pantanal.
O protocolo estabelece que a Universidade de Aveiro, através do departamento de Biologia, fica responsável pela gestão científica das actividades e pela procura de mais parcerias científicas, com prioridade para o envolvimento de Universidades Brasileiras, estando já assegurada a participação da Pontifícia Universidade Católica do Tocantins (PUC).
O Instituto Energias do Brasil e a Fundação Ecológica vão co-financiar as actividades do Centro, num montante até três milhões de reais, durante cinco anos.
À Universidade de Aveiro caberá prestar apoio científico, tecnológico e de inovação para os negócios e actividades do Centro de Conhecimento em Biodiversidade Tropical, responsabilizando-se pelo conteúdo científico e pedagógico dos projectos e actividades aí desenvolvidas e promovendo o intercâmbio de estudantes universitários e pesquisadores, nacionais e internacionais, visando a troca de experiências nas áreas de biodiversidade, inovação tecnológica, mudanças climáticas e sustentabilidade.
O Ecotropical está organizado para receber três tipos de actividades: "workshops", estágios de graduação e pós-graduações. Os "workshops" terão como base uma das temáticas do centro (biodiversidade, inovação tecnológica, mudanças climáticas e sustentabilidade). O Ecotropical receberá 10 estudantes provenientes de universidades brasileiras e 10 estudantes da Universidade de Aveiro (Portugal), para realização do estágio curricular de graduação ou pós-graduação (mestrado), sendo os alunos divididos em duas turmas mistas semestrais.
O Centro de Estudos em Biodiversidade Tropical servirá também como base de pesquisas avançadas, permitindo a alunos que pretendam realizar pós-graduações, nomeadamente doutoramentos, ter um pólo e uma estação de campo de apoio.Diário de Aveiro |
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