AS OBRAS DEVERÃO SER EXECUTADAS ATÉ AO FINAL DO MANDATO |
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O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, disse hoje que a maioria CDS-PP/PSD conseguiu em dois anos recuperar a credibilidade da autarquia, estando agora o executivo em condições de avançar para outras obras.
Falando numa conferência de imprensa conjunta do CDS-PP e do PSD para fazer o balanço de dois anos do mandato autárquico, Élio Maia, eleito como independente na coligação "Juntos por Aveiro", garantiu que, "a meio do mandato, já foram cumpridos mais de 50 por cento dos compromissos eleitorais, apesar das enormes dívidas" encontradas.
"Prestigiámos os nossos compromissos: baixámos os impostos municipais, iniciámos contactos permanentes com as freguesias e temos tido uma política de portas abertas às colectividades, aos fornecedores e aos cidadãos, ainda que sejam muitas as dificuldades", declarou.
Élio Maia enumerou um conjunto de situações "que se arrastavam há alguns anos", resolvidas pelo actual executivo e várias actividades municipais desenvolvidas no mandato, algumas das quais não constavam sequer das promessas e compromissos assumidos pela coligação no período eleitoral.
"Fez-se estancando as despesas correntes e sem comprometer o futuro", declarou, reclamando ainda méritos sobre as obras deixadas pelo executivo anterior, apesar de rotular de "excessivo, fazer tantas obras sem dinheiro para as pagar".
"Se as obras são de quem as paga, como diz o povo, na sua sabedoria, estamos a fazer uma obra imensa", disse.
Élio Maia referiu a importância do Plano de Saneamento Financeiro do Município, que lança mão de um empréstimo de 58 milhões de euros a 12 anos, para converter a dívida de curto prazo em dívida de médio e longo prazo, para concluir que "irá permitir ganhar alguma tranquilidade na gestão e condições para outras obras".
O autarca considera que a perspectiva é positiva para os próximos dois anos de mandato, contando que sejam tomadas medidas decisivas para o futuro do Município. Uma delas é a passagem de grande parte do património municipal para as freguesias, porque "90 por cento da actividade municipal tem a ver com a conservação desses espaços", como polidesportivos, centros sociais e até chafarizes.
Outra é a constituição de uma parceria público-privada para implementar, nos próximos seis anos, a Carta Educativa do Concelho, que prevê a construção de 13 novos edifícios escolares e intervenções noutros tantos já existentes.
Élio Maia não se comprometeu com uma recandidatura, remetendo para a Primavera de 2009 o aprofundamento do assunto, mas sublinhou que é ao povo, através do voto, que cabe julgar o trabalho feito, no final do mandato.
Da parte dos partidos da coligação, o presidente da concelhia do CDS-PP, Capão Filipe, reafirmou que "o projecto era, é e será a melhor resposta para os problemas de Aveiro", enquanto o seu homólogo do PSD, Rocha de Almeida, afirmou-se "claramente satisfeito, pelo muito que se conseguiu fazer sem meios".Diário de Aveiro |
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