de Avelãs de Cima está a ser vigiada, 24 horas por dia, por cerca de 30 escuteiros, no âmbito de um projecto inovador que contou com um protocolo entre o Corpo Nacional de Escutas (CNE) e a Associação de Apoio Florestal e Ambiental de Avelãs de Cima (AAFAAC). E, passadas três semanas tudo tem corrido acima das expectativas: não houve nenhuma situação de perigo, como resultado de todo este trabalho. Depois do terrível pesadelo de 2005, a floresta de Avelãs de Cima passou de verde a cinza, em poucos minutos. Tudo aquilo que demorou anos a ser feito, ficou destruído, deixando para trás várias famílias desalojadas, casas destruídas e queimada aquela que era a maior mancha florestal do concelho de Anadia.
A associação, liderada por Zacarias Cardoso, juntou um pequeno grupo de pessoas e decidiu que era a altura de fazer alguma coisa pela freguesia. Para isso, pediu a colaboração da Junta de freguesia, Câmara Municipal de Anadia, povo em geral, assim como de firmas da freguesia que prontamente têm dado o seu contributo.
Mais tarde, surgia a ideia de fazer um protocolo entre o CNE e a AAFAAC. Sérgio Pelicano, coordenador deste projecto "Floresta Segura", desde a primeira hora, abraçou esta ideia e foi o mentor de todo o programa que decorre até ao próximo dia 31 de Agosto.
Sérgio Pelicano refere que "dois tipos de vigilância estão a ser realizados": o primeiro consiste num ponto de vigia situado na Cascalheira, onde a perspectiva é de tal maneira que quase a totalidade do concelho consegue ser abrangida. Estão permanentemente 3 escuteiros em alerta neste ponto com serviço de rádio ligado à Central que funciona nas instalações da Junta de Freguesia. O segundo consiste na vigilância de bicicleta: 2 escuteiros percorrem circuitos previamente definidos.
A associação que disponibilizou toda a logística (instalações, bicicletas, alimentação e meios de transporte), aquando da informação à Central, desloca os seus três/quatro homens que estão sempre de prevenção na sua viatura, para, de imediato, tentar combater o incêndio no seu início. É, segundo Sérgio Pelicano, a primeira experiência deste género a ser realizada no distrito de Aveiro pelo CNE.