volta a estar em obras de restauro. Ainda há três anos, a comissão, formada por Universino Rodrigues e Ladislau Pereira, levou a cabo algumas, que se prenderam essencialmente com o espaço do culto, à volta do altar, e a construção de uma casa mortuária.
Agora, o investimento vai noutro sentido. Foi substituído todo o telhado, bem como anda a ser substituído o forro, em madeira de mogno, que estava já um pouco apodrecido e velho, de modo que as humidades não deteriorem o templo, inicialmente construído há cerca de 150 anos, aquando da recuperação, à sucapa, das imagens de Nossa Senhora das Febres, Senhora dos Eventos e de S. Roque, trazidas da antiquíssima ermida das Febres, que ficava no extremo do lugar do Rego, em território considerado da jurisdição da paróquia de Oiã.
Com estas obras vão ser criadas melhores condições térmicas, com vantagens no Verão e no Inverno, colocando entre o telhado e o forro, um produto próprio que proporciona essas condições.
Os custos são elevados, atingem cerca de 23 mil euros, na perspectiva de Universino Rodrigues, que no entanto se mostra confiante não só na colaboração do povo de Perrães, dos amigos da terra e das gentes e sobretudo das entidades, nomeadamente a câmara de Oliveira do Bairro. "Vamos ver o que o Mário João vai arranjar. Esta afinal é a terra dele" - afirma o elemento da comissão. Quem se responsabilizou pelas obras foi Nelson Duarte, um empresário filho da terra que foi quem fez o melhor preço. Recorde-se que em 10 de Setembro de 1843 vários homens de Fermentelos foram arrancar à força as chaves da ermida da Senhora das Febres ao pároco de Oiã, mas, pouco tempo depois, os de Perrães, armados, arrombaram as portas da capela e levaram as imagens, não sem deitarem fogo à capela.