GIL NADAIS PEDIU QUE AS MEDIDAS PREVISTAS SEJAM CONCRETIZADAS

O secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, fez ontem depender das disponibilidades financeiras dos próximos fundos comunitários a realização de obras de minimização das cheias em Águeda.

Durante uma visita ao concelho, acompanhado do presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, aquele membro do Governo inteirou-se do plano de intervenção previsto para minimizar o efeito das cheias cíclicas na cidade de Águeda.

O presidente da Câmara Municipal local, Gil Nadais, expôs a necessidade urgente de intervir em duas pontes, que actualmente criam obstáculos ao escoamento do Rio, mas o secretário de Estado fez depender as obras das disponibilidades de financiamento.

"Temos noção de que há mais para fazer, o INAG tem diagnosticados os tipos de intervenções futuras", disse Humberto Rosa, acrescentando que as mesmas "têm de ser analisadas e enquadradas financeiramente", tendo em conta "o Quadro de Referência Estratégico Nacional(QREN) que venhamos a ter".

Orlando Borges, presidente do Instituto da Água, realçou que já estão em funcionamento, com a protecção civil municipal, "esquemas de funcionamento definidos" para prevenir as cheias e minorar os seus efeitos e, sem colocar em causa a necessidade das obras, salientou que não irão acabar com as cheias em Águeda.

"Temos identificadas duas ou três situações de aterros e necessidades de aumento da secção de vazão, para minimizar o risco de cheias em Águeda, que sempre existirá. Mesmo concluindo essas intervenções, Águeda terá sempre cheias. Temos é vontade de as minimizar e arranjar os mecanismos de prevenção mais adequados", declarou aos jornalistas.

Gil Nadais, presidente da Câmara de Águeda, pediu que as medidas previstas sejam concretizadas, "sobretudo as intervenções em duas pontes", para haver maior canal de vazão e "para que as pessoas não precisem de estar preocupadas sempre que o rio começa a subir".

Em causa está o alargamento das pontes de Óis da Ribeira e Águeda, obra que deverá ascender a um milhão de euros, para melhorar o escoamento do rio Águeda, que ciclicamente inunda a baixa da cidade, causando elevados prejuízos ao comércio local.
Diário de Aveiro


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