DOIS MIL ESCUTEIROS FORAM TESTEMUNHAS

Em dia de S. Jorge, cerca de dois mil escuteiros de toda a diocese de Aveiro foram testemunhas da bênção pelo bispo, D. Ximenes Belo, e respectiva inauguração da sede do agrupamento de escuteiros 480 do Troviscal, obra que custou mais de 300.00,00 euros (60 mil contos).

O grande empurrão

39 agrupamentos de escuteiros participaram na festa de S. Jorge e assistiram às cerimónia da bênção e inauguração da sede, precedidas de um enorme desfile, cada agrupamento com seus estandartes e na frente a fanfarra do agrupamento nº 190, da Murtosa, a marcar a cadência e a dar o toque de festa.

A sombra do parque foi pequena para tanta juventude acalorada.

Trata-se de uma obra arejada e bastante ampla, cheia de salas e gabinetes de trabalho, rodeando um salão central ou no primeiro piso, cujo projecto é do próprio chefe do agrupamento, Henrique Carriço.

Os custos subiram a 300 mil euros e são fruto, segundo Henrique Carriço, de muitas noites e anos a cantar janeiras, muitas passagens de anos e de muitos porcos no espeto, apoios de emigrantes, nomeadamente através do padre Mário Pinhal, na América, e também dos apoios da câmara que foram bastante reforçados pelo actual executivo (45 mil euros), de modo a terminar as obras que se arrastavam há anos e de modo a serem inauguradas na festa de S. Jorge deste ano de 2007.

Presente, D. Ximenes Belo, fez a bênção da obra. “Seja um lar aberto pata todos os que a ele recorrerem” e que “a juventude possa encontrar aqui uma ajuda eficaz” - assim rogou a Deus.

“Ferramenta importante”

Os discursos foram breves.

“Trata-se de uma acto muito simbólico” afirmava Henrique Carriço a propósito da inauguração de uma obra que foi de muito trabalho e é o resultado de muito sonho.

Lembrou o primeiro impulso dado pelo executivo de Acílio Gala, que esteve presente, com a compra e pagamento do terreno e subsídios anuais e foi assim que “tudo ganhou raízes”.

Por sua vez, o presidente Mário João Oliveira, também ele um escuteiro, deu um empurrão final, fazendo ver aos dirigentes que era necessário acabar as obras e inaugurar a sede na festa de S. Jorge.

Acílio Gala centrou a sua intervenção na formação de carácter e de cidadania que é a escola do escutismo “que se rege por padrões de ética que são conquista dos nossos jovens, fazendo deles “cidadãos exemplares” durante a vida.

Mário João de Oliveira era um homem duplamente feliz, na qualidade de escuteiro, “faço parte do CNE” - e também de presidente da câmara: Como presidente da câmara, é “uma alegria muito grande” , mas também para os jovens que têm agora um sede que ganhou grande impulso, porque, disse, encontrou do outro lado uma direcção empenhada, dinâmica e persistente. Se era necessária a sede, não iriam andar mais dois anos... para construir este edifício que considerou “uma ferramenta de trabalho”, uma casa que “está aberta a todos”.

Encerrou o chefe regional: “É com muita alegria” que via ali reunida a família escutista. A propósito da sede, considerou que o trabalho realizado era sinal de que o agrupamento dos escuteiros do Troviscal “está na boa pista” e, sendo a sede uma ferramenta de trabalho, ela só tem sentido se for para servir as pessoas. “É isso que queremos, que seja uma agrupamento que cresceu, que não se fechou na sua capelinha”.

Seguiu-se o descerramento de uma lápide por D. Ximenes Belo e Mário João Oliveira, onde sobressai o emblema do movimento escutista, uma visita guiada e, a encerrar, a celebração de uma missa no parque de Merendas, presidida pelo bispo emérito de Dili, tendo concelebrado o pároco, padre Manuel Simões da Silva e padre Mário Pinhal.

Armor Pires Mota
Diário de Aveiro



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