A FÓRMULA PARA O SUCESSO ALCANÇADO PREVÊ A ADIÇÃO DE INIBIDORES

Uma nova tecnologia de revestimentos auto-reparadores de corrosão ambientalmente mais amigável é o resultado de uma investigação desenvolvida pelo Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro, em colaboração com o Instituto Max Planck para Colóides e Interfaces, na Alemanha.

Os cientistas acreditam que a tecnologia pode vir a substituir, num futuro próximo, tecnologias de passivação tradicionais.

A fórmula para o sucesso alcançado prevê a adição de inibidores orgânicos ao revestimento de uma maneira indirecta, numa forma encapsulada.

Os filmes de sol-gel convencionais, contendo silício e zircónio, são dopados com «nanoreservatórios» que libertam inibidores de corrosão, quando o revestimento é localmente danificado.

O novo método evita efeitos negativos na estabilidade dos filmes e combina um efeito barreira dos revestimentos com mecanismos de protecção activa num único sistema.

Os filmes dopados podem ser aplicados na superfície dos metais por spray, imersão ou outras técnicas convencionais e limitam a corrosão através de um efeito «inteligente» de auto-reparação da superfície.

O filme liberta um inibidor como resposta a variações do pH causadas por iniciação da corrosão. Logo que a área afectada esteja protegida o «nanoreservatório» fecha-se, evitando mais libertação desse inibidor.

Deste modo existe um feedback activo entre o revestimento e o processo de corrosão localizada, como referido pelo Doutor Dmitry Schukin do Instituto Max Planck, que é co-autor do trabalho.

Resultados muito promissores, segundo os Investigadores responsáveis, Doutor Mikhail Zheludkevich e Prof. Mário Ferreira do Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro.

«Embora mais investigação seja necessária de modo a obter «nanoreservatórios» com maior capacidade de armazenamento de inibidores, os resultados são muito promissores».
Diário de Aveiro



Portal d'Aveiro - www.aveiro.co.pt