No dia 22 de Março, início da tarde, uma vez mais, os idosos de 10 instituições do concelho de Oliveira do Bairro, ligadas à 3ª Idade, viveram uma tarde de alegre convívio no Centro Cultural Prof. Élio Martins, no Silveiro. Trajes muito bonitos Uma passagem de modelos com trajes elaborados apenas com materiais recicláveis, cujos modelos foram alguns utentes das instituições, foi o pólo do interesse e diversão de todos, numa organização das respectivas técnicas de Serviço Social e Animadoras de cada instituição. Estiveram presentes: Centro Social de Oiã, Solsil do Silveiro, Centro Social e paroquial S. Pedro da Palhaça, Associação de Solidariedade Social “O Recanto da Natureza”, Associação Fermentelense de Assistência, Centro Ambiente Para Todos do Troviscal, Centro Formação e Cultura da Costa do Valado, Santa Casa da Misericórdia de Oliveira do Bairro, Centro Social Paroquial S. Pedro Nariz e ABC de Bustos Houve um júri, composto por um idoso (a) de cada instituição, que elegeram os melhores trajes. O objectivo era a participação e assim todos os participantes levaram para casa um prémio simbólico (também elaborado em material reciclável), para recordarem esta tarde bem passada. De salientar o trabalho e o empenho na confecção dos trajes que estavam muito bonitos e com muita imaginação. Originalidades Os fatos eram todos feitos a partir de materiais recicláveis e aparentemente inúteis, como se vê, mas não de menor elegância. Folhas de revistas Fernanda Oliveira representou o Centro Social de Oiã. Traje a pensar sobretudo na mulher, era composto por uma saia comprida e um chapéu de abas, adornado com flores. Os materiais utilizados na confecção: folhas de revistas, agrafos e cola. Listas telefónicas D. Alzira, do Centro Ambiente para Todos, apresentou-se vestida de dois modos: no primeiro caso, com vestido de desperdícios. Utilizando folhas de listas telefónicos, o fato era composto por echarpe e saia e como toque especial uma sombrinha. O segundo fato foi confeccionado a partir do plástico. Sacos de café O ABC de Bustos apresentou dois modelos. D. Joaquina utilizou o plástico maleável, recriando os anos 30, no tempo dos vestidos rectos e compridos. D. Beatriz recriou os anos 40. com saias mais curtas, com pregas finas ou franzidas. Para o efeito, foram utilizados sacos de café. Caixas de ovos D. Albertina Baptista e Luís Costa vestiram à base de plásticos, folhas de jornal, caixas de ovos, caixas de cartão, tampas de garrafas. D. Alzira teve como adreços um chapéu, uma carteira e uma pulseira; já o Luiz Costa exibiu um belo smoking, adornado com uma flor na lapela, uma gravata e uma facha... Papel machê A Tricana de Aveiro foi recriada pelo Centro de Formação e Cultura da Costa do Valado, utilizando o papel machê, colagem, costura e pintura, não faltando o xaile, a saia comprida e rodada. Deram nas vistas e venceram o primeiro prémio. Papel crepe A Solsil desfilou com um par de noivos, o Joaquim e a noiva Eugénia. Os materiais usados nos fatos - papel de jornal, entretela, garrafas de plástico, papel crepe, plástico e tintas. A técnica utilizada foi a colagem. Papel de embrulho Do Centro Social e Paroquial de Nariz a modelo, D. Helena, desfilou com uma saia feita de sacos de papel e sacos de rede, enquanto a blusa era em papel estampado. Já o cavalheiro desfilou com um fraque de sacos de cores claras e frescas, enquanto o papillon era feito de papel de embrulho. Jornal da Bairrada Alice Azevedo e Luís Colchete representaram o “Recanto da Natureza”. Ela trajava um vestido inspirado em Ladi Dy, feito com o Jornal da Bairrada com as notícias mais recentes, tal como o par, vestindo um fato plástico, com remates em jornal, tudo seguro à base de colas e agrafes. Materiais da tascas A Associação Fementelense de Assistência apresentou um modelo inter-punk, apresentando um conjunto de saia e calças, combinando com uma túnica oriental, com materiais recolhidos nas tascas, cafés e bares. O outro trajava vestido cheio de materiais vaporosos, resistentes ao frio e ao calor...Diário de Aveiro |