A GRÉSMAIS É UMA EMPRESA DE AZULEJOS

Os cerca de 50 trabalhadores, na sua maioria provenientes da falida Gresval, em Águeda, negaram-se, ontem, a assinar um acordo previamente estabelecido, no dia anterior, com a administração da GresMais para o pagamento dos salários em atraso, revelou Sandra Carvalho, funcionária e delegada sindical.

A GrésMais é uma empresa de azulejos e de louças em grés que tem exercido a exploração de forma temporária, das antigas instalações da falida Gresval, e que deve aos funcionários dois terços do subsídio de Natal de 2005, subsídio de férias e Natal de 2006 e os meses de Janeiro e Fevereiro.

Segundo Sandra Carvalho, foi acordado com a administração da empresa que “hoje seria pago 50% do mês de Janeiro, em dinheiro, e até sexta-feira os outros 50% por transferência bancária. Até aqui tudo bem, concordámos”.

“O mesmo já não acontece com o pagamento da restante dívida previsto em tranches de 25% todos os meses. É que tínhamos acordado aceitar esse pagamento, com a condição de ficarem dois cheques entregues ao fiel depositário com o valor total da dívida, caso o contrato não fosse cumprido, mas os nossos advogados explicaram que os cheques não servem de real garantia”. Por isso, “o acordo foi por água abaixo e agora vamos procurar uma outra forma de garantir o nosso dinheiro”, afirmou Sandra Carvalho.

Recorde-se que estes funcionários estão a viver numa rulote em frente à GresMais, no Vale do Grou, desde o dia 23 de Fevereiro, com o receio de que a matéria-prima e algumas encomendas concluídas possam desaparecer, durante a noite.
Diário de Aveiro



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