Paulo Henriques falava no lançamento promovido pela Câmara de Aveiro dos clubes de protecção civil nas escolas do concelho, tendo avisado que "muitas escolas acabam por não enviar os planos de segurança para aprovação e, se alguma coisa acontecer, os conselhos directivos podem ser responsabilizados".

De acordo com Paulo Henriques, tem havido uma evolução positiva na segurança das escolas, já que há alguns anos não existiam planos de prevenção e de emergência, mas há ainda escolas que não cumprem a legislação.

Para este responsável, "é importante que os planos sejam elaborados e submetidos à apreciação do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS)", mas não suficiente.

Precisam de ser dinamizados, nomeadamente com a realização de simulacros, que "ajudam a rotinar comportamentos e permitem testar e corrigir os planos".

O governador civil de Aveiro, Filipe Neto Brandão, mostrou-se convicto de que "a criação dos clubes de protecção civil nas escolas irá contribuir para melhorar a capacidade de resposta perante situações de risco", valorizando a participação dos professores "como formadores de cidadãos".

Já Carlos Santos, vereador da Câmara de Aveiro, garantiu que a autarquia "estará na primeira linha para apoiar as escolas que venham a aderir à iniciativa".

"É uma iniciativa que vai ao encontro do nosso objectivo de desenvolver acções junto da população escolar, para a construção de uma cultura de segurança e prevenção", afirmou.

O projecto "Clube de Protecção Civil" é uma iniciativa do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, que visa promover a colaboração entre diversos agentes do sector para uma intervenção coerente e descentralizada nas escolas.
Diário de Aveiro