O Presidente da Junta de Freguesia de Aguada de Baixo, Paulo Alves, um ano depois, volta a apelar à população para que continue a subscrever um abaixo-assinado, manifestando a necessidade de reforçar o policiamento da sua freguesia. É que Aguada de Baixo, depois de ter atravessado um período de maior tranquilidade, está a ser alvo de uma nova onda de assaltos e vandalismo. Ao lado, a freguesia de Aguada de Cima está a viver problemas complicados com indivíduos de etnia cigana que ameaçam clientes de restaurantes a dar esmolas. Intensificar patrulhamento Segundo Paulo Alves, “o aumento da criminalidade na zona sul do concelho, nomeadamente com furtos, vandalismos, roubos e danos causados no património dos cidadãos; o elevado número de cidadãos que nesta zona manifestam a sua insatisfação, receio e completa falta de segurança, e o número de habitantes da zona sul do concelho, justificam que a GNR intensifique o policiamento”. O autarca explica ainda que “tendo por lema mais e melhor segurança, a Junta de Freguesia de Aguada de Baixo tem acompanhado o trabalho meritório das forças de segurança”, mas frisou que “uma nova onda de assaltos e vandalismo está de regresso”. Conta até que “na noite da penúltima quarta para quinta-feira um ou mais artistas saltaram a vedação da Escola do 1º ciclo de Aguada de Baixo e fizeram pinturas graffiti”. “Entendemos que pelo local e pelo modo como foi feito é um acto de vandalismo, uma vez que, além de sujar as paredes recentemente pintadas, foi feita numa edificação, onde se devem ensinar as boas maneiras aos futuros homens de amanha”. Acrescenta que “não somos contra as pinturas graffiti, quando elas são efectuadas em paredes devolutas. Até ajudam a colorir e dar mais graça às ruas. Mas em edificações públicas, em casas ou muros pintados, não”. O autarca de Aguada de Baixo refere que, nessa mesma noite, “os amigos do alheio” também arrombaram a fechadura e assaltaram a Capela de N.ª Senhora da Memória. Além do prejuízo da fechadura, levaram a caixa das esmolas”. Acrescente-se ainda que as bombas de gasolina também foram assaltadas. O autarca reconhece que a GNR tem feito um trabalho meritório, mas que é necessário intensificar ainda mais a vigilância. Por isso, pretende pelo menos reunir 500 assinaturas no abaixo-assinado que pretende fazer seguir para as entidades competentes. “Apesar da situação da insegurança afectar toda a freguesia, a verdade é que só conseguimos reunir até agora 150 assinaturas. As pessoas não gostam muito de dar a cara nestas situações”, lamentou-se o autarca. Esmolas, a troco de ameaças Entretanto, o presidente da Junta de Freguesia de Aguada de Cima, José Oliveira, afirmou ao Jornal da Bairrada que a sua freguesia, à semelhança do ano passado, está um pouco mais calma, no entanto, as atenções viram-se agora para as várias comunidades de etnia cigana, instaladas na freguesia. “Não tenho nada contra as pessoas de etnia cigana, mas entendo que não seja de bom-tom que, constantemente, “ataquem” os clientes dos vários restaurantes da freguesia em busca da esmola, ameaçando-os que riscam os carros, se não obtiverem em troca uma moeda”. “Isto é impensável que aconteça. Já recebem subsídios e ainda obrigam as pessoas a darem esmolas. A GNR, não pode só passar por passar, tem que estar mais atenta a estes movimentos”. José Oliveira afirmaainda que já enviou vários ofícios ao Governo Civil e à Câmara de Águeda, mas “até agora o problema continua por resolver”, sublinhando que “o jardim da freguesia é outro espaço que está constantemente conspurcado, devido ao lixo que é abandonado por estas pessoas”. Diário de Aveiro |