| Sem desvirtuar um milímetro do espírito como começou há 21 anos, a ADRAC (Associação Desportiva Recreativa, Ambiente e Cultura do Rego), criou a sua dinâmica através da presença no campeonato do Inatel. Nesta prova tem mostrado a todos aqueles que se interessam pelo fenómeno desportivo como é possível manter uma actividade que tem os seus custos, mas só o facto de um grupo de amigos representar a terra e divulgar o nome do Rego, tem falado mais alto. Sonho da sede continua Desde 1986 que o Rego participa no campeonato distrital do INATEL. Agregado à ADRAC, associação que nasceu há 24 anos, o Rego tem o estatuto de ser uma das equipas mais antigas a participar no campeonato dos trabalhadores. Já esteve na 1.ª divisão, já subiu e desceu de divisão, várias vezes ganhou o prémio disciplina, e continua a fazer aquilo que se fazia em tempos idos: jogar à moda antiga, apenas com uma diferença: antigamente eram os torneios de verão entre lugares, agora, todos são federados. Armindo Marques é o director desportivo. Há muito que desempenha essas funções e sobre as perspectivas da época em curso disse: “Os nossos objectivos não é jogar para a subida, porque é extremamente difícil, mas é possível jogar para os primeiros quatro classificados. Penso que temos equipa para alcançar esse objectivo”. Ao contrário das últimas épocas, na presente, a equipa tem tido um melhor comportamento. Na opinião de Armindo Marques, isso deve-se “ao trabalho efectuado e também à melhor camaradagem que existe no balneário. É essencial que nós, directores e jogadores, se respeitem mutuamente, pois, independentemente dos resultados, o importante é participar sem que ninguém se chateie”. No que toca a apoios, o director desportivo diz que são poucos. A direcção disponibiliza somente 1250 euros para pagar à GNR e aluguer do campo S. Sebastião, o que, na sua perspectiva, não chega, sendo que o resto dos gastos, incluindo as inscrições, é suportado pelos jogadores e restantes pessoas que apoiam a equipa. O sonho O sonho da ADRAC é o salão Multiusos. Sobre o andamento das obras, Armindo Marques disse que não era a pessoa mais indicada para falar sobre o assunto, mas, mesmo assim, deixou a sua opinião: “Penso que só por motivos burocráticos, ainda não foram retomadas. As obras são, na realidade, o sonho da ADRAC. Trata-se de um investimento que nos irá deixar orgulhosos, assim como ao povo do Rego e restantes lugares vizinhos, e alguns amigos que nos apoiam”. Por falar em vizinhos, como vê a desistência da AGEST? “Deixou-nos tristes. Para além de serem vizinhos, são também amigos, e, por esses motivos, a ADRAC pede para que regressem depressa ao convívio do futebol do INATEL”.
Manuel Zappa zappa@jb.pt Diário de Aveiro |