O presidente da Administração do Porto de Aveiro, José Luís Cacho, revelou hoje que a conduta do sistema de saneamento integrado da SIMRIA está a afectar as condições de segurança da circulação dos navios. Falando aos jornalistas à margem da visita do secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, às instalações portuárias, José Luís Cacho afirmou que a conduta da SIMRIA terá de ser reposta à cota para que foi licenciada. A conduta em questão passa junto ao terminal de granéis líquidos do Porto de Aveiro e, segundo o presidente da administração portuária, na posição em que está, "tem implicações na segurança dos navios e limita a circulação". José Luís Cacho admite que a situação dever-se-á a dificuldades que terão surgido durante a realização da própria obra da SIMRIA e a problemas de assoreamento, mas espera que aquela entidade reponha as condições do licenciamento. A SIMRIA é uma empresa participada pelas Águas de Portugal e pelas autarquias que explora o sistema de recolha e tratamento do saneamento gerado nos municípios confinantes com a Ria de Aveiro. A regularização da conduta é também essencial para que a administração portuária possa avançar com um projecto de reconversão de um dos seus terminais, em parceria com a região de turismo Rota da Luz, para acolher navios de cruzeiro com regularidade. Segundo José Luís Cacho, a adaptação do terminal, construído há três anos para descarga de pescado, obriga a criar uma bacia de rotação para esse tipo de navios, mediante dragagem.Diário de Aveiro |