PRESIDENTE DIZ QUE É UM EXERCÍCIO DE PLURALISMO

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, considerou ontem, ao final da tarde, que a divisão de opiniões na maioria CDS/PSD sobre a eventual privatização do Teatro Aveirense, é um "exercício de pluralismo", sem esclarecer a sua posição.

Apesar do insistente desafio do vereador do PS, Marques Pereira, para "romper o silêncio e clarificar" a intenção do executivo, Élio Maia apenas reagiu dizendo que "é pelo diálogo que se pode chegar às melhores soluções" e que não coloca "a unidade da coligação acima do interesse de Aveiro", sem indicar qual entende ser.

A possibilidade de o Teatro Aveirense poder vir a ser concessionado foi admitida pelo vereador Pedro Ferreira (PSD) e desmentida pelo vereador Capão Filipe (CDS) e levou a directora da casa de espectáculos, a ex-vereadora do CDS Maria da Luz Nolasco, a apelar à criação de um movimento cívico em defesa do Teatro.

Marques Pereira questionou Élio Maia se "vai nesse movimento cívico propôs, ou se já não tem confiança política para a manter no cargo, mas o presidente da Câmara não deu a resposta pretendida pela oposição.

Em vez disso, lamentou que lhe estivessem a querer "impor um tipo de gestão em que só um é que fala".

"Tivemos uma pessoa que deu uma opinião sobre o assunto, outra que deu opinião diversa e uma terceira que teve uma atitude conciliadora. Parece que não há espaço para a diferença e que somos todos obrigados a falar do mesmo modo. A nossa postura não é essa e respeitamos a opinião de cada pessoa, faça ou não parte da coligação", reagiu.

O Teatro Aveirense acabou por ser objecto da aprovação pela maioria, com a abstenção do PS, de um contrato-programa para a transferência de 240 mil euros semestrais.

Para o vereador da Cultura, Capão Filipe, depois da aprovação do contrato-programa "não farão sentido os fait- divers" relativos ao Teatro Aveirense.
Diário de Aveiro



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