A DIRECÇÃO DO BEIRA-MAR SAIU REFORÇADA

A direcção do Beira-Mar saiu reforçada de uma Assembleia Geral realizada segunda-feira à noite, em que o único ponto agendado era a análise do momento do clube, actualmente em último lugar na Liga de futebol.

A reunião magna do clube de Aveiro não trouxe dificuldades para a direcção liderada por Artur Filipe, havendo mesmo algumas manifestações de apoio e incentivo por parte dos 114 associados presentes.

A direcção explicou aos associados que dificilmente conseguirá avançar para contratações para alterar o estado das coisas na Liga, por falta de verbas.

Como exemplo de dificuldades, alegou o incumprimento do protocolo por parte da empresa do Estádio Municipal de Aveiro (EMA), que deveria pagar 500 mil euros por ano, e ainda a não transferência de 20 mil euros da Câmara Municipal para as actividades amadoras.

Quanto ao futuro da equipa, José Cachide, vice-presidente para o futebol, afirmou: acreditar que alguns jovens contratados "podem ser importantes num futuro próximo" e que "está em marcha a contratação de três ou quatro jogadores que são mais-valia" No entanto, advertiu: "Não vamos conseguir contratar melhores jogadores por falta de dinheiro".

Ao serem informados de que o clube tem cerca de 10 mil euros de despesas por jogo, sócios sugeriram o regresso ao antigo estádio, como forma de minorar a situação.

"Há elementos da direcção favoráveis ao regresso ao antigo estádio", admitiu Cachide, acrescentando que "o protocolo existente com a EMA impede tal facto".

"Os mecenas no futebol tem tendência para acabar, contudo neste momento se não existissem mecenas o Beira-Mar fechava", disse ainda o dirigente, perante uma plateia que não o contestava.
Diário de Aveiro



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