Os vereadores Social-Democratas na Câmara Municipal da Mealhada realizaram, na última segunda-feira, dia 20, uma conferência de imprensa, que serviu para fazer um balanço deste primeiro ano de mandato. À comunicação social avançaram “continuar insistentemente a fazer uma oposição atenta, responsável e constante”, uma vez que o seu objectivo é “construir uma alternativa credível a este executivo gasto e penalizador para o concelho”. “Oposição activa, crítica e participativa” Gonçalo Breda Marques, João Oliveira e Carlos Marques eleitos pelo PSD nas últimas eleições autárquicas, entenderam, agora, passado este primeiro ano do mandato, “prestar contas” aos munícipes. Um ano, dizem, em que foram “uma oposição activa, crítica, participativa e, acima de tudo, construtiva, apesar de todas as dificuldades impostas propositadamente por uma maioria socialista que reiteradamente procura dificultar-nos o trabalho”. Um balanço do trabalho da oposição, “que tem propostas credíveis para construir alternativas, e não permitir que se adiem sistematicamente obras prometidas”, mas também do executivo PS que, segundo os vereadores do PSD, “atirou o concelho da Mealhada para o marasmo”. Mesmo assim, avançam sentir a “satisfação do dever cumprido”, apesar das adversidades, tais como “escondem-nos informação, ignorando até pedidos escritos para que isso não aconteça, negando sistematicamente o que a Lei nos confere (espaço para receber os munícipes, fazer contactos e guardar documentação)” que acusam acontecer na Câmara, Municipal da Mealhada. “Temos tido a preocupação, de uma forma construtiva, em todas as reuniões de Câmara demonstrar preocupações e sugestões para resolver vários problemas no concelho, mostrando a preocupação de, apesar de estarmos na oposição, apresentar sistematicamente propostas que vão ao encontro dos interesses do concelho e da sua população às quais o executivo socialista, infelizmente, faz de tudo para as desvalorizar, sem qualquer fundamentação lógica, mas apenas porque emanam dos vereadores do PSD”, acusam, dando como exemplos as propostas que realizaram no sentido de “baixar os Impostos que no nosso concelho são cobrados às taxas máximas; de abrir as reuniões de Câmara à população, na tentativa de aproximar os eleitos dos eleitores, e procurar também que a política no concelho seja mais transparente; proposta a pensar no investimento e nas sinergias criadas no Carnaval a pensar na promoção turística do concelho como um todo; proposta a pensar nas instituições e associações do concelho e nas famílias carenciadas (parcerias com empresas doadoras de material informático); proposta a denunciar a injustiça que se vive no concelho quanto aos índices de zonamento e proposta da criação do Cartão Sénior a pensar numa faixa etária mais desfavorecida socialmente”. “Executivo com atitude arrogante, limitada e sem estratégia” Gonçalo Breda Marques, João Oliveira e Carlos Marques afirmam “ter estado sempre disponíveis para ouvir, conhecer e procurar ajudar todos os que nos procuram e feito o máximo esforço para acompanhar a realidade vivida no concelho”, ao contrário do executivo socialista “que tem demonstrado, ao longo do ano, uma atitude arrogante, limitada, sem estratégia, sem uma única ideia.” Segundo revelam, o executivo de Carlos Cabral só se tem preocupado em “cobrar os impostos às taxas máximas permitidas por lei; fechar as portas da Câmara para que ninguém perceba as suas limitações, facto que consideramos ser uma atitude lamentável e vergonhosa, que mais não prova senão o medo que a nossa participação se torne conhecida e tratar os vereadores da oposição com total desprezo ignorando completamente a Lei”. Como exemplos, os vereadores “laranja” dizem que “na área da Educação, a gestão da Câmara tem sido um desastre, ao fixarem um preço para a água manifestamente elevado, quando comparado com outros concelhos, fazendo ouvidos de mercador aos Agrupamentos de Escolas, enquanto que na questão dos transportes escolares, mais uma vez a Câmara decidiu ir pelo caminho mais fácil, e em vez de adaptar os autocarros à nova legislação, vendeu-os sem sequer pensar que com essa opção os alunos ficavam menos protegidos, e perdiam o projecto escolas em movimento e assim a oportunidade de irem à piscina”, Ao nível do equipamento escolar, os vereadores Sociais-Democratas dizem que “podíamos ter escolas equiparadas do melhor que existe na Europa e, afinal, continuamos com escolas medíocres, com equipamento ultrapassado, com casas de banho desajustadas, com equipamento lúdico fora das normas de segurança”. Também na área Social as críticas mais ferozes vão para “os Bairros Sociais que continuam a não ser uma prioridade para este executivo, quando as pessoas que lá vivem têm razoes efectivas para se sentirem marginalizadas”. Na área da Saúde, avançam que se “denota a falta de influência deste executivo, que comodamente assiste, de ano para ano, ao adiar da construção de uma Extensão de Saúde nas Freguesias de Barcouço, Vacariça e Casal Comba, sem que nada façam”. Ainda na Saúde e relativamente ao encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP), constatam, mais uma vez, “o desnorte total dos dirigentes socialistas do concelho. Primeiro, não quiseram discutir o problema, recusando realizar uma Assembleia Extraordinária, depois prometeram o que não podiam, dando garantias que nunca se verificaram, fugiram à vigília, depois de a terem aprovado e, por último, dispararam acusações e pediram a cabeça dos responsáveis políticos distritais e regionais, numa tentativa de branquear a sua própria responsabilidade em todo este processo.” Mata Nacional do Buçaco “exemplo claro da inacção Relativamente à Mata Nacional do Buçaco, os vereadores “laranja” dizem ser um “exemplo claro da inacção e falta de iniciativa deste executivo socialista”, enquanto que “há muitas outras obras, anunciadas todos os anos como prioridades, que não passam do papel”, referindo, entre muitas outras, as Zona Industrial de Barrô e de Barcouço; Recuperação da Avenida dos Castanheiros; Recuperação da Avenida Navarro; Campo de Golfe; Plataforma Ferroviária da Pampilhosa; Centro Escolar da Pampilhosa e da Mealhada; Novo edifício da Câmara Municipal; Criação de um Parque Temático nos Viveiros Florestais; Abertura do Arquivo Municipal ao público; Resolução do problema dos maus cheiros; Promoção Turística do concelho; Novo Mercado Municipal da Pampilhosa; Estádio Municipal da Pampilhosa; Cine-Teatros da Pampilhosa e do Luso. A terminar a conferência de imprensa, afirmaram que “se nota a instabilidade política dentro do PS, o que faz com que o senhor presidente se preocupe apenas com a sua imagem, na tentativa de conservar o lugar, enquanto que o concelho vai ficando parado, enquanto os concelhos vizinhos, com impostos mais baixos, conseguem realizar obra com melhor planeamento.”Diário de Aveiro |