A “História de Jesus Cristo” é o mote da palestra de António Abreu Freire no auditório interior da Oficina de Artes (antiga Escola Pardelhas-Monte).
Evento este sábado, dia 1 de Junho, às 15h, e que será antecedido pela publicação, a breve trecho, de um livro homónimo, que reúne o trabalho de investigação do professor António Abreu Freire sobre este tema.
Os Evangelhos são o único meio de que dispomos para tentarmos conhecer quem foi o principal personagem que está na origem da civilização cristã.
Eles foram redigidos entre 40 e 65 anos após a morte de Jesus de Nazaré, em língua grega, a partir de pregões orais que corriam pelas comunidades de judeus emigrantes, dispersas pelas colónias do Império Romano.
Os demais textos do Novo Testamento (Actos, Epístolas e Apocalipse) acrescentam informações dispersas sobre as primeiras assembleias, as suas crenças e a sua organização.
Todos os textos foram escritos em língua grega, nenhum deles na língua dos judeus da Palestina e de Jesus, o aramaico.
Nos textos evangélicos, é impossível distinguir o que é autêntico daquilo que é inventado: nenhum dos escribas, os verdadeiros autores, conheceu pessoalmente Jesus nem assistiu a nenhuma das cenas que descreve.
Todos foram escritos longe da Palestina, destinados a aderentes de origens muito diversas, quando os não-judeus, os gentios, eram já os mais numerosos nas assembleias primitivas.
Este é o ponto de partida para a reflexão de Abreu Freire.
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