FÓRUM DE CIDADANIA DE AVEIRO DIZ QUE VIVEU MOMENTO DE “INSPIRAÇÃO E DESAFIO” NA LUTA CONTRA A POBREZA.

Aveiro realizou a II conferência do Fórum de Cidadania de Aveiro.

Sob o mote “Soluções globais, ações locais”, este fórum analisou o papel transformador da educação na luta anti-pobreza.

A organização diz que a conferência foi um momento de “inspiração e desafio” na luta contra a pobreza.

Entre os principais pontos destacados, estiveram a importância de uma educação que promova a inclusão social, a valorização da diversidade e a construção de um futuro mais justo e equitativo para todos.

Um dos temas centrais da conferência foi a importância de educar para a relação e a empatia.

Segundo Monsenhor Jardim, Presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza em Portugal, a capacidade de se relacionar com o outro e de se colocar no lugar do outro é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.

“A sociedade está cada vez mais centrada no ter e não no ser. A educação deve, portanto, promover o desenvolvimento da inteligência emocional e social dos alunos, ajudando-os a desenvolver competências mais humanizadas como a escuta ativa, a comunicação assertiva e a resolução de conflitos”.

Outro tema importante abordado na conferência foi a necessidade de promover a autoconfiança nos indivíduos.

“A autoconfiança é essencial para que as pessoas possam superar os desafios da vida e alcançar seus objetivos. A educação deve, portanto, criar um ambiente positivo e acolhedor, onde os alunos se sintam valorizados e incentivados a desenvolver suas potencialidades”.

Foi ainda salientado a importância da ação local do saber educar ao nível autárquico.

“Cada município tem suas próprias características e desafios. A educação deve ser por isso, adaptada às necessidades específicas de cada comunidade, levando em consideração factores como a cultura local, a integração das comunidades migrantes, o contexto socioeconómico e as necessidades do mercado de trabalho”.

A luta contra a pobreza não pode ser travada apenas por indivíduos isolados.

É necessário construir redes de apoio que possam proteger os mais vulneráveis e ajudá-los a superar as dificuldades.

“A educação deve, portanto, fortalecer as comunidades e promover a colaboração entre os diferentes sectores da sociedade: Uma luta constante, consistente e colaborativa, para que todos tenham as mesmas oportunidades de acesso e escolha no projecto vida de cada indivíduo, desde a mais tenra idade”.

Júlio Pedrosa e Gisela Oliveira estiveram entre os oradores.


Diário de Aveiro


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