GAFANHA DA NAZARÉ: DEBATE SOBRE FUTURO DA CENTRALIDADE URBANA CLASSIFICADO COMO “EXEMPLAR MOMENTO DE EXERCÍCIO DEMOCRÁTICO”.

Cerca de meia centena de cidadãos participaram no debate sobre o futuro da Centralidade Urbana da Gafanha da Nazaré.

O Município de Ílhavo promoveu, no passado dia 21 de maio, uma Sessão Pública Participativa relativa ao desenvolvimento do Estudo Estratégico (Masterplan) para reforço da centralidade urbana da Gafanha da Nazaré.

A sessão, que decorreu na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré, contou com a presença de cerca de 50 participantes, entre cidadãos e representantes de organizações.Administração do Porto de Aveiro, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo, Guarda Nacional Republicana, associações locais, como a Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha, Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré e Casa do Povo da Gafanha da Nazaré, vereadores, deputados da Assembleia Municipal, executivo da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, entre outros cidadãos, foram algumas das vozes que se fizeram ouvir.

A autarquia afirma tratar-se de um “exemplar momento de exercício democrático”. 

Os participantes sublinharam a necessidade de criar “espaços públicos de encontro, seguros, que promovam a interação social, a fruição visual e a inclusão de espaços verdes”. 

O Jardim 31 de Agosto foi identificado como uma área a ser revitalizada, com propostas que promovam a segurança e atratividade, incluindo a possibilidade de introdução de habitação e criação de novas frentes urbanas, tornando esta área mais vivida e reforçando uma eventual permeabilidade pedonal, garantida pela relocalização de alguns equipamentos.

Foi unânime a opinião que, apesar da grande concentração de serviços, falta “coesão” entre esses espaços, especialmente nos percursos e acessos que são, muitas vezes, “descontínuos” e não permitem que os utilizadores sejam capazes de sentir essa proximidade. 

O centro da cidade foi idealizado como um local de comunhão e encontro, onde a existência de equipamentos e edifícios deve reforçar e potenciar o sentimento de comunidade, sendo, por isso, “fundamental que este seja um local acessível e seguro para todos, com vias inclusivas e seguras”.

A autarquia diz que ouviu ideias que estão alinhadas com a visão do Município.

“Com este Estudo definir-se-á uma visão estratégica, devidamente estruturada e fundamentada, para aquela que se definiu como a zona mais central da Gafanha da Nazaré, com a qual a comunidade se sinta genericamente identificada, e que simultaneamente se revista de um carácter verdadeiramente revigorador do espaço público”.


Diário de Aveiro


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