ANADIA HOMENAGEIA AUTARCAS EM 50 ANOS DE PORTUGAL DEMOCRÁTICO.

Anadia distinguiu autarcas que fizeram parte da história do Portugal democrático nos 50 anos da Revolução de Abril.

Emoção e saudade marcaram a cerimónia de homenagem prestada pelo Município de Anadia a uma centena de autarcas (presidentes eleitos no pós 25 de abril), que decorreu no passado dia 24 de abril, no Cineteatro Anadia.

Sob o slogan ‘Valorizar o Poder Local’, a sessão começou com a projeção de um excerto do filme documental “A Hora da Liberdade”, cedido pela Associação 25 de Abril, a que se seguiu a entrega das medalhas de reconhecimento, pela Presidente da Câmara Municipal, Maria Teresa Cardoso, e pelo Presidente da Assembleia Municipal, Manuel Pinho, aos atuais presidentes da Junta de Freguesia e a todos os presidentes de Assembleia e de Câmara Municipal, pelos contributos prestados em prol da comunidade anadiense.

Foram ainda homenageados todos os antigos presidentes de Junta de Freguesia das diferentes Freguesias, tendo-lhes sido atribuída a medalha do Município, entregue pelo atual Presidente de Junta.

A presidente da Câmara Municipal, Maria Teresa Cardoso, explicou que a pretensão do Município foi o “de recordar e homenagear todos os eleitos que, desde 1976 até esta data, presidiram aos diferentes órgãos autárquicos”, lembrando que o Poder Local democrático “foi uma das conquistas do 25 de abril”.

A autarca recordou que com o 25 de abril de 1974 “construiu-se um novo Portugal, que se foi transformando, ao longo dos anos, com a criação de novas infraestruturas básicas, de novas escolas, de novos equipamentos culturais desportivos ou sociais, de novas vias, de novos equipamentos de saúde. E, em Anadia, também o mesmo foi acontecendo com a construção de melhores e novas infraestruturas, melhorias nas respostas sociais, maior incremento na habitação, e maior crescimento nos diferentes setores de atividade económica”. “O concelho de Anadia é hoje também reconhecido pela oferta de melhor qualidade de vida e bem-estar aos seus cidadãos”, afirmou ainda.

No entender da edil, “tudo isto só foi possível graças ao empenho, à dedicação, à visão, ao espírito altruísta e à gestão conseguida na implementação de estratégias, em cada momento, e no seu tempo por cada um de nós, autarcas eleitos, e pelas equipas que nos acompanharam para servirmos o concelho de Anadia”.

Para Maria Teresa Cardoso “estamos perante um momento da história do nosso país em que devemos mostrar o que soubemos aprender com a nossa própria experiência, e partilhar com a sociedade, de forma solidária e fraterna, uma visão humanista da civilização e, apesar de todas as dificuldades e adversidades que dominam o dia-a-dia, jamais poderemos vacilar relativamente ao que, a cada um nós, cabe assumir”.

O presidente da Assembleia Municipal, Manuel Pinho, realçou que a cerimónia teve como intuito “honrar o Poder Local, enquanto pilar importante da democracia e da liberdade”, tendo ainda dirigido “uma palavra de gratidão a todos aqueles que, embora não eleitos, porque não era práxis habitual, deram o seu contributo, a sua dedicação e trabalho em prol de Anadia e das suas gentes”.

A sessão contou ainda com alguns momentos culturais, designadamente a atuação do grupo ADABEM Art’z Dance, a declamação do poema “Trova do vento que passa”, um símbolo da resistência ao Estado Novo, a projeção de pequenos filmes de cada uma das 10 freguesias que compõem o concelho, com ênfase para o respetivo tecido associativo, e a atuação da soprano anadiense, Hélia Crasto, que, acompanhada ao piano por Sérgio Brito, interpretou as canções “Grândola Vila Morena”, “Traz outro Amigo também” e “Amor a Portugal”, com que encerrou a cerimónia de homenagem.


Diário de Aveiro


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