As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril começaram no último sábado, em Albergaria-a-Velha, com a apresentação dos símbolos comemorativos: a edição comemorativa “A Assembleia Municipal de Albergaria e os seus membros: 50 em Democracia”, uma peça de porcelana evocativa dos 50 Anos do 25 de Abril, e um cravo de croché, imaginado e feito manualmente pelas seniores da Oficina Criativa do Programa Maior Idade.
Os símbolos foram entregues, como reconhecimento público, a representantes dos órgãos representativos do Município (a Câmara e a Assembleia Municipal), dos partidos políticos representados naqueles órgãos municipais (CDS; PPD/PSD; e PS) e da imprensa local (Jornal de Albergaria e Beira Vouga).
Para o Presidente da Assembleia Municipal, Mário Branco, estamos perante os “intérpretes” dos três legados do 25 de Abril: “o Poder Local, os partidos políticos livres e independentes e a liberdade de imprensa”, que merecem ser reconhecidos “pelo seu enorme contributo e importância na consolidação e aprimoramento da Democracia.”
Para a Assembleia Municipal de Albergaria-a-Velha, as comemorações devem ser “vividas com alegria e em partilha por todos os Democratas”, sem nunca esquecer os deveres que acarretam: “o dever de lembrar e homenagear todos os que resistiram, sofreram e lutaram contra o regime repressivo e ditatorial do Estado Novo; o dever de não defraudar Abril, a sua mensagem e todos os que arriscaram a vida para que o tivéssemos; o dever de defender a Democracia e os seus valores; e o dever de avisar e proteger os nossos jovens contra todos os pretendentes a tiranetes, cuja intenção final é de lhes calar a voz, de os subjugar e em suma tirar-lhes Abril”.
Na sessão de abertura, que teve lugar no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, foram inauguradas duas exposições. Em “O Legado de um Cravo” contrapõe-se a vida dos portugueses durante a Ditadura (pobreza, repressão, colonialismo) e as grandes conquistas pós-25 de Abril (liberdade de expressão, igualdade de oportunidades, Estado Social).
Já em “Capítulo Censura”, os visitantes podem entrar numa antiga sala de aula para conhecer os livros, discos e a imprensa censurados antes de 1974.
Para falar sobre esta temática, estiveram presentes José Paulo Lourenço, Cristina Silva e os alunos Claúdio Santos e Salvador Marques, do Agrupamento de Escolas da Branca, bem como Marisa Almeida, da Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha.
As exposições podem ser visitadas de segunda a sábado, das 14h00 às 18h00, até ao dia 25 de Abril.
A sessão encerrou com um momento musical, com José Branco, Hugo Gamboias e Diogo Paços.
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