ÍLHAVO: OPOSIÇÃO DIZ QUE SALDO ESPELHA QUADRO DE "ESTAGNAÇÃO" NO MUNICÍPIO.

A Assembleia Municipal de Ílhavo aprovou o saldo de gerência de 2023 e a integração no orçamento de 2024 e perante as críticas da oposição sobre a “estagnação” do investimento aconselha prudência para evitar a repetição de erros do passado.

Os valores que transitaram para 2024, na ordem dos 7,8 milhões de euros, mereceram reparo por parte de PS e PSD que encontram sinais de falta de visão estratégica.

Pedro Martins, do PS, afirma que os números demonstram o “marasmo em que a Câmara Municipal se encontra sob a liderança de João Campolargo”.

Nota falta de investimentos em nome da melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e depósitos em valores recorde para a dimensão orçamental da autarquia (com áudio).

Não sem críticas, a 1.ª revisão para integração do saldo de gerência de 2023 foi aprovada, por maioria, com 8 votos a favor (8 UPF) e 17 abstenções (10 PSD, 6 PS e 1 Chega).

Pedro Martins, Deputado Municipal do PS/Ílhavo, constata que a acumulação de um saldo de gerência que se aproxima dos 8 milhões de euros “não é uma boa notícia” por representar a falta de aplicação de meios ao serviço da comunidade, nomeadamente no campo da habitação.

O autarca socialista defende que o dinheiro público deve ser usado em benefício das populações, ao invés de ficar “encostado”, “sem utilidade que se vislumbre”.

E não encontra nos planos da autarquia apostas que justifiquem a acumulação de capital.

As receitas em níveis historicamente elevados foram apresentadas como base de um saldo historicamente elevado.

Com as contas controladas, a dívida a baixar e as receitas em alta, a oposição pede maior compromisso do lado do investimento.

Pedro Cristo, do movimento independente “Unir para Fazer”, saiu em defesa do executivo e lembrou que o quadro favorável de hoje pode ser desfavorável dentro de um ano.

Considera que a gestão prudente merece elogio e não deixou de lembrar ao PSD que na sua história autárquica foi obrigado a recorrer a um Programa de Apoio à Economia Local para pagar dívidas no final dos mandatos de Ribau Esteves (com áudio).


Diário de Aveiro


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