"QUER-SE AUMENTAR O NÚMERO DE TURISTAS AO MESMO TEMPO QUE SE DESTROEM OS MOTIVOS DE ATRAÇÃO E DE PERNOITA DE TURISTAS EM AVEIRO" - BLOCO DE ESQUERDA.

O Bloco de Esquerda considera o encerramento Mercado Negro sinal dos efeitos da especulação imobiliária e pede mão da autarquia para travar a destruição de valores que são fundamentais também ao futuro do turismo.

Admite-se que o edifício venha a ser encaminhado para o setor do alojamento e há vozes de lamento pelo fim de um espaço alternativo.

Para o BE, este é mais um exemplo da pressão imobiliária.

“Este é mais um exemplo concreto dos efeitos da especulação imobiliária, defendida e promovida pelas leis do governo PS e pelas políticas da autarquia PSD/CDS”.

Depois do avenida Café Concerto é a segunda sala a encerrar em dois anos.

Para o Bloco de Esquerda, esta é uma “consequência directa da economia sem regras que devora a sua própria galinha dos ovos de ouro promovida pelas leis do governo PS e pelas políticas da autarquia PSD/CDS”.

E neste caso com efeitos contraditórios.

“No caso, quer-se aumentar o número de turistas ao mesmo tempo que se destroem os motivos de atração e de pernoita de turistas em Aveiro. O resultado é tornar Aveiro num mero parque de diversões igual a qualquer outra cidade turística”, refere o BE que pede mudança de modelo.

Considera que a autarquia tem o “dever de organizar os usos e a organização territorial em Aveiro, garantindo, através dos mecanismos que tem ao seu dispor, que o edifício do Mercado Negro não pode ser mais um alojamento local ou hostel”.

“Infelizmente, a reação de responsáveis políticos da direita municipal deixa claro que a sua ideologia é não intervir no mercado, mesmo quando o mercado destrói a cidade e coloca a habitação a preços proibitivos. Na essência a sua ideologia é defender o privilégio e a maior rentabilização possível através da ausência de regras municipais”. 


Diário de Aveiro


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