O ENGENHO TERÁ SIDO MONTADO DENTRO DE UMA CAIXA

Um engenho explosivo rebentou, na madrugada do último domingo, na Viela de Chães, em Famalicão, dentro de uma caixa de correio, revelou ao Jornal da Bairrada fonte policial.

Segundo a fonte, o engenho terá sido montado dentro de uma caixa do correio e durante a noite explodiu.

A fonte presume que o engenho se destinava a explodir, quando o proprietário da casa abrisse a porta de trás da caixa do correio.

Devido à explosão, um carro que estava estacionado nas imediações, sofreu alguns danos devido à projecção dos destroços da caixa do correio que era metálica.

O engenho poderá ter sido feito a partir de uma bomba de foguete, no entanto, o rasto de destruição não deixou dúvidas da potência do explosivo.

Devido ao tipo de ocorrência, a investigação deste caso ficou entregue à Polícia Judiciária.

Recorde-se que esta foi a primeira vez que uma caixa do correio foi armadilhada, ao contrário de várias cartas armadilhadas que já rebentaram na região da Bairrada.

As duas últimas, uma dirigida a um pastor evangélico de Sangalhos, e a outra a uma comerciante da Curia, rebentaram no dia 18 de Janeiro de 2005.

A primeira carta vinha de um remetente de Lisboa que se presume fictício e foi dirigida a Manuel Ribeiro, pastor evangélico de Sangalhos.

Manuel Ribeiro foi levantar a correspondência ao apartado que possui nos correios de Sangalhos e levou-a para casa, tendo sido já na residência que uma das cartas rebentou quando abriu o envelope, cerca das 11 horas, sendo a ocorrência registada pela GNR às 14 horas, segundo informação policial.

A segunda carta explodiu à porta dos correios da Curia, nas mãos de Sílvia Teixeira, proprietária de um restaurante, que tinha igualmente ido levantar a correspondência ao apartado e começou a abri-la ainda na estação de correios.

Já em 2002, no dia 8 de Outubro, uma carta armadilhada rebentou nas mãos de um indivíduo de 64 anos, em Oiã, na altura com danos bem mais graves já que o destinatário teve de receber tratamento hospitalar, ficando com lesões oculares e auditivas, além de ferimentos na cara.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt
Diário de Aveiro



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