"Sou e sempre fui estruturalmente contra as SCUT e defendo que o governo deve proporcionar vias livres ou entregar a concessionários a sua exploração. Mas desta forma, o que se diz hoje é inversão do que se disse ontem, com o que não posso concordar de maneira nenhuma", disse.

Em declarações aos jornalistas, após o anúncio da intenção do governo de introduzir portagens na auto-estrada da Costa da Prata, Ribau Esteves declarou-se surpreendido com a decisão.

"É uma surpresa. O actual Governo nunca deu sinais dessa decisão e sempre defendeu o contrário. Previa até 700 milhões de euros anuais para alimentar as SCUT. A minha reacção é de estupefacção. Não percebo a definição, à escala nacional, de quais as SCUT que passam a pagar e porquê", reagiu.

O presidente da Câmara de Ílhavo considerou ainda que o ministro das Obras Públicas deve esclarecer "qual é a alternativa à A17".

"Não será a auto-estrada do Norte (A1), que é de pagamento directo, nem será a Estrada Nacional 109, que é hoje uma via urbana e carregada de semáforos", concluiu.
Diário de Aveiro